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Capital

Monumentos criados para deixar a cidade bonita acabaram abandonados

Mariana Lopes | 13/01/2014 15:45
O relógio de flores (Foto: Cleber Gellio)
O relógio de flores (Foto: Cleber Gellio)

Eles foram construídos para deixar a Cidade Morena mais bonita, mas, por causa da falta de zelo, alguns monumentos de Campo Grande estão praticamente destruídos e até abandonados pelo poder público.

A situação, visível em alguns pontos da cidade, é considerada descaso por alguns campo-grandenses. Enquanto na opinião de outros, a responsabilidade deve ser dividida com a população, que muitas vezes é quem destrói e não cuida.

Um exemplo de monumento abandonado é o relógio de flores que foi construído em 2012, no cruzamento das avenidas Duque de Caxias e Lúdio Martins Coelho, no bairro Taveirópolis.

(Foto: Cleber Gellio)
(Foto: Cleber Gellio)

No local, o gramado do canteiro até que está aparado, mas o relógio em si deixa muito a desejar na manutenção. De flores mesmo não há nem vestígios, os ponteiros estão parados e os números com a pintura desgastada.

Para a estudante Raquel de Assis, 20 anos, que costuma andar de bicicleta pela ciclovia da Duque de Caxias e sempre passa em frente ao relógio, o canteiro poderia ser mais cuidado e arborizado.

Mas, de qualquer forma, ela acredita que o cruzamento é uma rota de acesso rápido e que, na verdade, poucas pessoas prestam atenção ao monumento. Com isso, na opinião de Raquel, o espaço acaba sendo um ponto perdido na cidade.

“Se fosse mais bonito e bem cuidado, seria um lugar bacana para as pessoas pararem, relaxarem, mas mesmo que arrumem, não acredito que alguém venha para cá para isso, pois tem muito movimento”, pontua a estudante.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Obras fará a limpeza no entorno do relógio, mas não respondeu sobre a manutenção do monumento, ou seja, se há previsão para colocar flores, funcionar os ponteiros e arrumar os números.

Tuiuiú – Na entrada do Aeroporto Internacional de Campo Grande, três estátuas de tuiuiú chamam a atenção de quem passa pelo local, seja morador da cidade ou visitante. Era para ser bonito, e por muito tempo realmente foi. Mas há alguns meses, depois que um temporal destruiu um dos monumentos, o espaço ficou com cara de “obra parada”.

Da estátua, apenas as pernas sobraram inteiros, enquanto o corpo foi todo ao chão, e assim está até hoje. Para “preservar” o monumento, foi colocado um tapume, que “esconde” os estragos.

Para a bióloga Luciana Villamaina, o correto é que existisse uma previsão de orçamento para a manutenção das construções públicas. Mas, por outro lado, no caso do tuiuiú, ela acredita que também haja outras prioridades para investir a verba.

Conforme informações da assessoria de imprensa regional da Infraero, apenas o artista das estátuas é quem pode mexer nelas. No momento, a reforma da obra está em processo de análise de orçamento.

Sem cuidados – E não são apenas os monumentos que estão largados pela Capital. No gramado da Receita Federal, no Parque dos Poderes, um pé de Pau Brasil está aparentemente sem cuidado algum.

A árvore ainda é nova, foi plantada em 2007. Assim como a placa que a identifica, que está enferrujada e quebrada, o pequeno Pau Brasil parece estar esquecido, com galhos secos e sem folhas.

De um modo geral, a bióloga Luciana ressalta que a culpa de os monumentos ou patrimônios estarem em péssimas condições também é da própria população, que não cuida e, em alguns casos, até destrói.

“É a falta de educação das pessoas que deixa nossa cidade feia, o vandalismo gera isso”, pontua a campo-grandense.

(Foto: Cleber Gellio)
(Foto: Cleber Gellio)
(Foto: Cleber Gellio)
(Foto: Cleber Gellio)
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