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Capital

Moradores de MS sofrem com nova onda do falso sequestro por telefone

Quatro casos ocorridos nos últimos 15 dias por bandidos em uma Tucson prata ligou o alerta para a polícia sobre a volta da modalidade criminosa geralmente praticada por presidiários nas cadeias

Rafael Ribeiro | 20/04/2017 11:56

As polícias Militar e Civil de Campo Grande estão em alerta por um tipo de crime que andava esquecido, mas que voltou a acontecer nos últimos dias: o falso seqüestro.

Segundo apurou o Campo Grande News, pelo menos quatro pessoas foram vítimas ou sofreram abordagens por telefones.

O caso mais intrigante para os investigadores é o registrado na tarde do último dia 13. Um homem de 29 anos estava em sua casa quando o telefone tocou e do outro lado da linha estava uma mulher, chorando muito, fingindo ser sua mulher e alegando estar em poder de bandidos armados.

Na ligação dos bandidos, a vítima foi instruída a ir até um supermercado na Avenida Eduardo Elias Zahran sacar R$ 200 em um caixa eletrônico e deixar o dinheiro próximo de uma padaria na mesma via.


Diferente de outros crimes do tipo, desta vez os bandidos falaram o carro em que estavam, uma Tucson prata. E para tornar o crime verídico, circularam com o veículo próximo de sua casa, com uma mulher no banco traseiro.


A vítima só descobriu ser vítima de uma tentativa quando conseguiu ligar para sua mulher, que estava viajando. O homem chegou a ver a mesma Tucson circulando próximo de sua casa novamente.


Para a polícia, há uma ligação entre os crimes, já que o mesmo modelo e cor de veículo foi relatado por outras vítimas, todas abordadas com a mesma conversa: suas mulheres estavam mantidas reféns.


Em situações como esta, a orientação que é as pessoas mantenham a calma, não forneçam informações pessoais, procurem checar se o parente que supostamente é vítima está em segurança e acione a polícia.


Intrigou os policiais o fato dessa nova série de crimes estar sendo cometida supostamente por gente fora de presídios, já que a maioria dos falsos seqüestradores são detentos. Que pedem depósitos de dinheiro, não a entrega dele em um local.


“Os golpes por telefone possuem diversas máscaras e artimanhas. O fato de não conseguir falar momentaneamente com um parente, não quer dizer que ele esteja sendo mantido como refém. Nessas horas de aflição, é essencial analisar os fatos com calma; respire fundo, relaxe um pouco e jamais ceda imediatamente à vontade de criminosos que usam o celular como arma mortífera”, disse o especialista em segurança pública e privada, o Jorge Lordello.


Segundo Lordello, esse tipo de crime tem um nicho de atuação bem característica. “A estratégia é agredir psicologicamente a pessoa com frases fortes e proferir ameaças de morte ao suposto refém. Manter a vítima ao telefone, impedindo-a de desligar o celular é o segredo do sucesso do golpe. O preço do resgate é a compra de créditos para telefones celulares pré-pagos ou transferência de dinheiro (valores entre R$ 1 a R$10 mil) para contas abertas com documentos fraudados”, completou.

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