Morto por Astra, jovem comprou moto no dia e deixa filha de 8 meses
O jovem morto na noite de ontem (16) atropelado por um veículo Astra, no Jardim Canguru, comprou a moto no dia da morte e deixou uma filha de oito meses. Muito abalada, a família afirmou que ele não tentou assaltar o dono do veículo e que era um “cara tranquilo”.
O velório de Lucas Silveira Leite Ortiz, 19 anos, reuniu familiares e amigos. “Ele se dava bem com todos”, afirmou a namorada da vítima, que não quis se identificar. Conforme testemunhas, Lucas teria apontado uma arma para Ricardo André Rodrigues, 28, dono do carro, para assaltá-lo, mas a família descartou esta possibilidade.
“Não acredito nisso, não acharam nada”, realçou o pai de Lucas, o motorista José Ortiz, 53.
Lucas morava com a namorada e, há oito meses, tiveram uma filha. A namorada contou que no dia do acidente ele teria comprado a moto de um amigo e deu uma entrada de R$ 1300.
A família, segundo o José, ainda não sabe o que realmente aconteceu, mas relatou que ele não possuía rixas ou inimigos no bairro onde morava.
Após atropelar a vítima, segundo o Boletim de Ocorrência, o motorista não parou para prestar socorro e fugiu do local. Lucas foi arrastado por vários metros e morreu antes da chegada do socorro.
A informação que consta no Boletim é de que o motorista do Astra ao visualizar a vítima acelerou ainda mais com intuito de atingir o motociclista, configurando a intenção de causar o acidente.
Logo após o atropelamento, policiais militares fizeram rondas e conseguiram localizar o carro. Nele só estava a mulher do suspeito do crime, que está foragido.
A ocorrência foi registrada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga como homicídio doloso.