Motoristas de racha que provocaram acidente com morte vão a júri

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida acatou o pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e decidiu mandar a júri popular os motoristas Olliver Richerd Ferreira Siebra, 23 anos, e William Goes Abbade, 38 anos, acusados de serem os responsáveis pela disputa de racha que acabou em acidente que matou Roberta Costa Coelho e deixou outros cindo feridos em abril do ano passado.

A dupla foi denunciada pelo MPMS em maio de 2022, um mês após o acidente na Avenida Júlio de Castilho, Jardim Panamá, em Campo Grande. Para o órgão, os dois motoristas não só mataram Roberta como tentaram matar os outros cinco ocupantes do veículo Ford Ka conduzido por William.

O grupo estava em uma tabacaria e encontraram William do lado de fora, ele estava consumindo bebida alcoólica e ofereceu carona a todos até a casa de Roberta, onde continuariam bebendo. No entanto, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o carro das vítimas. Ele era conduzido por Olliver, que estava na companhia de outro rapaz.

Olliver então teria começado a acelerar, dando início ao racha pela Avenida Júlio de Castilho. William, mesmo bêbado, passou a dirigir em alta velocidade, não respeitando a sinalização e “agindo com dolo eventual”, e acabou batendo em um poste de energia elétrica. Roberta morreu no local e as outras vítimas foram encaminhadas para atendimento médico.

O Ministério Público então pronunciou os dois acusados em março deste ano e pediu que ambos fossem submetidos a júri popular pelos crimes. A solicitação foi acatada por Garcete no último dia 20. Com isso, William será julgado por homicídio doloso e tentativa de homicídio. Já Olliver por deixar de prestar socorro às vítimas, assim como participar de disputa de corrida em via pública e por dirigir sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

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