ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Mudança de juiz adia decisão sobre exumação do corpo de idoso

Familiares de Querino Conceição, falecido aos 81 anos, querem contraprova de exame positivo de covid-19

Marta Ferreira | 07/04/2021 14:29
Fórum de Campo Grande, onde está tramitando pedido de exumação do corpo de idoso. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Fórum de Campo Grande, onde está tramitando pedido de exumação do corpo de idoso. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A família de Querino Antônio da Conceição, de 81 anos, que morreu no dia 30, terça-feira passada, na Santa Casa de Campo Grande, continua sem resposta ao pedido para exumação do corpo, para que seja feita contraprova do exame que mostrou a presença do vírus causador da covid-19.

O pedido de mandado de segurança, impetrado no dia 31 de março, segue sem decisão. Havia sido distribuído para a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

O titular, Ariovaldo Nantes, despachou ontem determinando a redistribuição do feito. Para ele, o caso é de competência das varas de fazenda pública. Foi feita nova distribuição e o processo foi para a 2ª Vara, a cargo do magistrado Ricardo Galbiatti.

Entenda – A família discorda do diagnóstico, embora essa não tenha sido a causa principal da morte de Querino. Segundo o hospital, ele teve infecção generalizada, derivada de diabetes descontrolada, que provocou um grave ferimento no pé.

Havia a necessidade, segundo a equipe médica, de amputar a perna, procedimento não autorizado.

Um dos motivos para a desconfiança dos familiares do teste positivo de covid-18 é que o idoso já havia tomado as duas doses da vacina contra a covid-19, duas semanas antes de ser internado.

A Santa Casa informou que foi feito o exame por causa dos sintomas da doença apresentados, e acabou sendo confirmado depois da morte.

O sepultamento do corpo de Querino foi feito no dia 31 à tarde, depois de ser adiado e razão do questionamento dos filhos.

Como não houve autorização de contraprova antes do enterro, e o protocolo para pessoas positivas exige que o funeral fosse feito logo, foi acrescida emenda ao mandado judicial impetrado pelos advogados da família. No texto, é esclarecido que agora, o interessa pela exumação do cadáver.

O comprovante de vacinação foi anexado ao pedido judicial, ainda não apreciado pelo juiz Ariovaldo Nantes da Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

Sobre o pedido da família de contraprova, o hospital informou que só vai se manifestar quando houver comunicação oficial da Justiça.

Em relação à vacina, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou que o prazo para que a pessoa seja considerada imunizada contra a covid, após as duas doses, é de pelo menos 14 dias.

Nos siga no Google Notícias