ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Capital

Mulher assassinada sofreu aborto após espancamento por ex, diz Polícia

Ana Paula Cardoso e Elverson Cardoso | 27/03/2012 18:29
Djalma (à direita)é suspeito de matar a ex-mulher (à esquerda)
Djalma (à direita)é suspeito de matar a ex-mulher (à esquerda)

A costureira Glaucia Aparecida Perreglinele Jara, de 44 anos, encontrada morta com um corte na garganta na manhã do último domingo (25), sofreu um aborto em fevereiro deste ano. A suspeita, segundo o delegado que investiga o caso, Valmir Moura Fé, é de que o aborto aconteceu após ela ser espancada pelo ex-marido Djalma Dias da Silva, de 34 anos.

Silva é suspeito de ter matado a costureira após uma crise de ciúmes. Ele queria reatar o relacionamento de oito meses, mas ela não aceitou.

No sábado à noite, os dois se encontraram em um clube e ele tentou beijar a ex-companheira à força, segundo a Polícia apurou. Ela foi encontrada morta na manhã seguinte, enrolada em um edredom e com um travesseiro sobre o rosto. Detalhes que, segundo o delegado, caracterizam o perfil de um psicopata. “Foi um ritual de despedida”.

Na tarde desta terça-feira o delegado ouviu oito pessoas sobre o caso. Depois ele retornou à cena do crime para verificar marcas de sangue que ficaram na parede da casa. De acordo com ele, a costureira foi empurrada antes de ser morta.

De acordo com Moura Fé, Silva tinha histórico de violência. Tudo indica que a costureira foi agredida por ele várias vezes, já que sempre aparecia com hematomas, mas dizia que tinham sido provocados por quedas e até por assaltos.

O filho dela, Rogério Jara Vilharva, de 25 anos, contou que a mãe e o suspeito se conheceram há oito meses em uma festa e passaram a morar juntos dois meses depois. Rogério morou com eles por cinco meses e só se mudou porque casou.

Foi ele quem encontrou o corpo da costureira. Ele estranhou porque ela havia ligado para ele no sábado à tarde pedindo que ele fosse até a casa dela no domingo para tomar tereré, mas depois disso não entrou mais em contato.

“Abri a porta da cozinha e ela estava degolada no quarto. Nunca vou esquecer essa cena”, lamenta.

Djalma deve se apresentar à Polícia Civil amanhã.

Nos siga no Google Notícias