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Capital

“Nenhum fato concreto”, diz delegado sobre morte ligada a suspeita de metanol

Garrafas de cachaça e vodca do mesmo lote das consumidas pela vítima foram recolhidas de mercado

Por Gabriel Neris e Bruna Marques | 03/10/2025 10:59
“Nenhum fato concreto”, diz delegado sobre morte ligada a suspeita de metanol
Vodca e cachaça recolhidos de mercado do Alves Pereira (Foto: Marcos Maluf)

A Polícia Civil ainda não tem confirmação de que a morte de um homem de 21 anos, registrada na noite de quinta-feira (2) em Campo Grande, esteja relacionada ao consumo de metanol.

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A Polícia Civil investiga a morte de um jovem de 21 anos em Campo Grande, ocorrida na quinta-feira (2), possivelmente relacionada à intoxicação por bebida alcoólica. Segundo o delegado Wilton Vilas Boas, da Decon, ainda não há confirmação sobre a presença de metanol no caso. Por precaução, autoridades recolheram garrafas de cachaça e vodca do mesmo lote consumido pela vítima em um mercado do Alves Pereira. O resultado dos exames laboratoriais e do laudo necroscópico, que deve ser concluído em 30 dias, será determinante para esclarecer a causa do óbito.

O delegado Wilton Vilas Boas, titular da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), afirmou que até o momento o que se constatou foi um óbito decorrente, “muito provavelmente de uma intoxicação por ingestão de bebida alcoólica”, mas sem fato concreto que comprove presença da substância.

“Vai depender de exames laboratoriais e da conclusão do laudo necroscópico para apontar qual foi a causa da morte, realmente se foi ou não por causa de ingestão de metanol”, disse.

Por cautela, garrafas de cachaça e vodca do mesmo lote das consumidas pela vítima foram recolhidas de mercado do Alves Pereira, em operação conjunta da Decon e do Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Nenhum estabelecimento foi autuado, já que estavam regulares.

“Nenhum fato concreto”, diz delegado sobre morte ligada a suspeita de metanol
Delegado Vilas Boas durante entrevista após ação policial (Foto: Marcos Maluf)

Segundo Vilas Boas, o trabalho é técnico e envolve análise de rótulos, selos e lacres, mas a confirmação de adulteração só virá com a perícia. “As bebidas foram retiradas por cautela, até que seja constatado que realmente esse produto não causou nenhum efeito em razão da utilização de metanol ou de adulteração”, explicou.

Em nota, o Governo de Mato Grosso do Sul confirmou que acompanha as investigações sobre o caso. “O corpo passou por exame necroscópico no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), com coleta de amostras para análise laboratorial aprofundada, cujo resultado deve sair em até 30 dias”

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) foi notificada sobre a suspeita de intoxicação e atua junto aos órgãos de segurança e vigilância sanitária na investigação. Em nota, o governo lamentou o ocorrido, manifestou solidariedade aos familiares da vítima.