No Aeroporto, saudades e cuidados redobrados justificam viagens no Natal
Apesar do aumento na movimentação, expectativa é que pandemia derrube em até 43% a circulação de passageiros em Campo Grande
Ao som de “Anoiteceu”, o espírito natalino invadiu o Aeroporto Internacional de Campo Grande, com muitos passageiros a caminho da casa de familiares para aproveitar o feriado. Apesar da movimentação já ser distinta de dias anteriores, ainda será menor ao período 2019/2020, ficando 43% abaixo.
A Infraero estima que 358 voos devem sair de Campo Grande no período já iniciado, de 18 de dezembro a 4 de janeiro de 2021, o que representa 42.463 passageiros.
Em relação ao período dos feriados de Natal e Ano Novo de 2019/20, representa quedas de 34% e 43%, respectivamente, em comparação aos 539 voos e 74.428 passageiros registrados no período.
Um dos que irá visitar familiares é o estagiário jurídico Diego Antônio Domingo, 24 anos. Natural de Matozinhos (MG), mora em Corumbá há 20 anos e resolveu voltar para cidade natal para visitar a avó paterna, de 93 anos.
“Eu quase desisti, me sinto um pouco mas faz quase 10 anos que não vejo minha vó”, justificou. “E ela não está ficando mais nova”, completou.
O rapaz diz que a maior preocupação é não transmitir o vírus para a família, mas toma
precauções que podem surtir efeito, segundo ele. “Uso máscara o tempo todo, em Corumbá ficava em casa; aqui, álcool vai comigo no colo, vou evitar conversar com as pessoas e, de resto, rezar para o melhor”.
A professora Lindalva de Oliveira, 47 anos, também irá visitar familiares, no caso, os tios, em São Caetano (SP). Acompanhada da filha, Rafaela, 17 anos. “Resolvemos ir porque estávamos com essas passagens marcados há muito tempo e nós também queremos estar com nossa família nesse final de ano”, explica. As duas fizeram exames para covid-19 antes da viagem
Ela notou que não havia álcool em gel na entrada do aeporto, apenas a orientação para que todos usassem. “Se tem álcool aqui, não está de fácil acesso”.
Lindalva se disse preocupada em tomar algumas medidas sanitárias, como evitar ao máximo a proximidade de pessoas estranhas e evitar conversar com elas, mesmo de máscara. “Nossa preocupação é grande, não tirar a máscara em hipótese alguma”.
Quem também estava a caminho da cidade natal era o coordenador de mineração, Guilherme Vivas, 35 anos. Há dois anos morando em Bodoquena, vai passar o Natal em Confins (MG), na casa dos pais. “Faz 2 meses que não os vejo”.
A esposa e a filha já estão em Minas Gerais desde semana passada e ele ficou para depois por conta de trabalho. “Temos um pouco de receio por conta dessa segunda onda pandemia, mas estou usando máscara, higienizando as mãos e evitando aglomeração para ter viagem tarnquila.”
Guilherme sabe que terá muitos companheiros, entre a escala em São Paulo e a chegada em Confins, às 18h45. “Estou me cuidando da maneira que fui orientado e como posso”.
