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Capital

Nova tarifa começa a valer amanhã e valor quebrado é motivo de reclamação

TCE validou o aumento da tarifa para R$ 3,53 após 17 dias de suspensão; Aumento começaria a ser cobrado hoje

Yarima Mecchi e Julia Kaifanny | 20/12/2016 08:37
Preço continuava o mesmo na manhã de hoje. (Foto: Fernando Antunes)
Preço continuava o mesmo na manhã de hoje. (Foto: Fernando Antunes)

Ao contrário do anunciado ontem (19) pelo Consórcio Guaicurus - empresa que detém a concessão do transporte coletivo em Campo Grande - a tarifa continua R$ 3,25 nesta terça-feira (20). Ontem o TCE (Tribunal de Contas do Estado) validou o aumento da tarifa para R$ 3,53, que havia sido suspenso no dia 2 de dezembro.

Nos terminais de Campo Grande, o preço continua o mesmo e os funcionários foram informados que o reajuste começa a valer amanhã (21). Quem não está satisfeito com o preço é o vendedor de passagem para o transporte coletivo, Valter da Silva Bastos, disse que vai perder R$ 3 por dia com a nova tarifa.

"Esse valor dificulta o troco e vou ter que cobrar R$ 3,50. Todo dia eu vendo 100 passes por dia e com isso vou perder R$ 3 por dia e por mês pode chegar a R$ 93", ressaltou.

Valter não informou quanto ganha com a venda dos passes de ônibus e reclamou que não recebeu nenhuma orientação do Consócio Guaicurus sobre como proceder em relação ao novo preço da tarifa. Por ano o vendedor vai perder cerca de R$ 1.116,00.

"Quero saber como vou trabalhar com a tarifa quebrada. Vi pelos jornais que tem que arredondar para baixo. Eles [a empresa] tem que achar uma forma de como trabalhar essa questão", declarou.

Uma funcionária do terminal do Hercules Maymone disse que não recebeu orientação por parte da empresa que administra o transporte coletivo sobre como proceder com relação ao troco.

Vendedor reclama que vai ficar no prejuízo com novo preço da passagem. (Foto: Fernando Antunes)
Vendedor reclama que vai ficar no prejuízo com novo preço da passagem. (Foto: Fernando Antunes)

Usuários - Mesmo usando o transporte coletivo de forma gratuita para ir a faculdade, as estudantes de 21 anos, Luiza Steinmeyer e Renata Fernanda, reclamam do aumento. Luiza destaca que o país passa por um momento de crise e a população vai sofrer com o aumento.

"Quem não tem condições de ter um carro precisa usar o transporte público e não vai ter condições de pagar", observou.

Renata pontua que não usa o transporte coletivo apenas para ir à faculdade, mas também para se locomover pela cidade. "Apesar da gratuidade que tenho para ir e voltar da aula, quando preciso me locomover tenho que pagar e acha caro, não é bom o serviço. É um aumento sem justificativa".

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