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Capital

Oficiais vão à Justiça contra secretário que acusou PM de abandonar trânsito

Ricardo Campos Jr. | 13/02/2015 17:43
Destaque mostra a frase polêmica em nota publicada no site da Semsp (Foto: reprodução/ internet)
Destaque mostra a frase polêmica em nota publicada no site da Semsp (Foto: reprodução/ internet)
Guarda municipal no trânsito de Campo Grande (Foto: Marcelo Calazans)
Guarda municipal no trânsito de Campo Grande (Foto: Marcelo Calazans)

A Associação dos Oficiais Militares de Mato Grosso do Sul protocolou interpelação judicial pedindo que o secretário municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, esclareça declaração publicada em nota no site da pasta afirmando que o alto número de multas dos guardas municipais de Campo Grande se deve “ao quase completo abandono a que a fiscalização de trânsito foi submetida pelo órgão de policiamento militar, no ano passado”.

“Ele emitiu um juízo de valor da atividade desempenhada pelos PMs. Nós entendemos que ele extrapolou em sua fala, entrou em uma seara que não lhe diz respeito, então, entendemos que ele tem que explicá-la”, disse o presidente da Associação, coronel Alírio Vilassanti, ex-comandante do antigo Ciptran (Companhia Independente de Polícia de Trânsito).

O texto foi emitido em resposta à declaração de vereadores que questionaram o aumento na quantidade de notificações feitas pelos guardas, que a partir de parceria com o Detran-MS e Prefeitura, chegando a afirmar a existência de uma “indústria da multa”.

A nota técnica diz que os agentes foram capacitados e receberam certificado “dentro das normas legais e pertinentes e no interesse da segurança no trânsito”.

“Ele [secretário] vive nas formaturas da PM, está sempre em nosso meio e ainda critica a nossa corporação?”, questiona Vilassanti, que afirma estar aberto ao diálogo caso Azambuja queira fazer algum tipo de retratação. “Mas tem que ser publicamente, não vamos aceitar em caráter privado”, diz.

Por meio da interpelação, o chefe da Semsp (Secretaria Municipal de Segurança Pública) deverá esclarecer perante a Justiça a declaração, que pode configurar crime de calúnia ou difamação, dependendo da explicação.

Azambuja afirmou que não tem nada a declarar sobre o caso. “Se fizeram isso, fica por conta do Judiciário se manifestar e da população, se ela quer ou não quer que a Guarda continue a fazer o papel dela de fiscalizar”, relatou.

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