ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Passadinha rápida em posto vira confusão entre pecuarista e policial

Luana Rodrigues | 22/09/2015 11:46
Gravação mostra parte da confusão. (Foto: Reprodução/ Print)
Gravação mostra parte da confusão. (Foto: Reprodução/ Print)
Rafael se certificou que valor havia sido debitado duas vezes por meio de aplicativo do celular. (Foto: Reprodução/ Print)
Rafael se certificou que valor havia sido debitado duas vezes por meio de aplicativo do celular. (Foto: Reprodução/ Print)

O que era para ser uma passadinha  no posto de combustíveis antes de seguir para o trabalho, transformou-se em caso de polícia. Por volta das 6h desta segunda-feira(21), o pecuarista Rafael Arantes Bispo, 32 anos, disse que abasteceu o carro em um posto na avenida Consul Assaf Trad, no bairro Coronel Antonino, na saída para Cuiabá. O valor registrado na bomba foi de R$ 85,57, no entanto, foram debitadas duas cobranças em sua conta, já que ele pagou com o cartão. Na tentativa de estornar uma das cobranças, começou uma confusão no posto e o cliente alega que foi agredido pelo policial militar Alberto Fabiano de Arruda, que "apareceu" no local.

Conforme o pecuarista, ao perceber que o valor havia sido debitado duas vezes em sua conta, ele tentou argumentar com a frentista. "Eu passei o cartão uma vez e ela disse que não tinha debitado, então passei novamente e consultei o saldo pelo celular, momento em que vi os dois débitos. Eu disse a ela que estava vendo que tinha cobrado duas vezes, mas ela nem quis olhar", conta.

Diante da situação, o pecuarista disse que se recusou a tirar o carro da frente da bomba, até que alguém "resolvesse seu problema" e estornasse um dos valores, porém, segundo ele, os frentistas se recusaram.

Ainda segundo Rafael, cerca de 1 hora depois o Policial Militar identificado como Alberto Fabiano de Arruda chegou ao local, momento em que o pecuarista começou a gravar o que ocorria. No vídeo, o homem vai até o cliente, que pergunta: "É você que vai resolver meu caso, amigo?". O policial então quer saber: "Mas o que aconteceu?". Após a explicação do cliente, o PM questiona o porquê do rapaz estar filmando e dá um tapa nas mãos dele, fazendo com o aparelho caia e a gravação seja interrompida.

Rafael afirma que depois disso foi preso e encaminhado a Depac(Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde o policial registrou um boletim contra ele por resistência.

No registro, o PM afirma que, "observando a situação, e buscando preservar a integridade física do frentista, identificou-se como Policial Militar, e deu voz de prisão o autor. Mas o autor estava de posse de celular filmando os fato, indo em direção da vitima, para agredi-lo. E com apoio de uma guarnição da PM, efetuaram a prisão do autor, sendo necessário o uso de algemas, pois o autor estava muito exaltado, assim preservando a integridade física de terceiros, bem como das vitimas e autor. "

Segundo o BO, o policial contou ainda que foi ameaçado pelo pecuarista, que disse: "Eu sou influente, isso não vai ficar assim".

O pecuarista afirma que ficou detido por cerca de 2 horas e foi impedido de registrar um boletim contra o policial. "Fui preso, colocado em uma viatura como um bandido, fiquei totalmente constrangido, além disso, perdi um dia de trabalho. Já acionei um advogado e vou registrar uma denúncia junto a corregedoria da PM", disse.

O Campo Grande News entrou em contato com o proprietário do posto, que pediu para não ser identificado, e apenas disse que "o rapaz está usando a imagem do posto sem autorização. Só iremos nos pronunciar sobre o caso em juízo".

Já a assessoria de imprensa da PM, confirmou que Alberto se trata de um policial militar, mas informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre o ocorrido, por isso também não irá se manifestar ainda.

Nos siga no Google Notícias