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Capital

Polícia esclarece por que homem flagrado em ato obsceno não ficou preso

Em nota, a corporação explicou que a infração tem menor gravidade, mas o autor responderá em liberdade

Por Bruna Marques | 27/08/2025 10:54


RESUMO

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Estudante da UFMS registra boletim de ocorrência após ato obsceno no campus. A vítima, de 25 anos, filmou um homem se masturbando em local público e o denunciou à polícia. O suspeito foi detido, mas liberado após prestar depoimento, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, segundo a Polícia Civil. A vítima relatou que o homem a abordou perguntando as horas e, em seguida, expôs o órgão genital e começou a se masturbar. A estudante filmou o ato, correu para pedir ajuda e registrou o boletim de ocorrência. A jovem afirma que a polícia se recusou a assistir ao vídeo e que o suspeito foi liberado logo após o depoimento. A estudante se sentiu desamparada e teve que pedir ajuda a colegas para voltar para casa, temendo pela sua segurança.

Após ter sido vítima de ato obsceno na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), estudante de 25 anos procurou a delegacia, com provas em vídeo do homem se masturbando, na noite de segunda-feira (25). O suspeito foi detido, mas, para a surpresa da vítima, ele foi liberado logo após prestar depoimento, deixando a delegacia quase no mesmo horário que ela.

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como ato obsceno, previsto no artigo 233 do Código Penal, que pune quem pratica ato libidinoso em local público, aberto ou exposto ao público, com pena máxima de até um ano. Por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, a legislação não permite manter o suspeito preso após o flagrante.

“O processo segue em frente mesmo sem a prisão. O autor responderá judicialmente, e a justiça será feita dentro dos parâmetros legais”, diz a nota da polícia.

A vítima contou ainda que pediu para a polícia levá-la para casa, mas não foi atendida. A reportagem questionou a Casa da Mulher Brasileira, responsável pelo transporte de vítimas, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.

Entenda o caso - Segundo a jovem, ela estava sozinha no campus quando foi abordada. “Primeiro ele perguntou as horas e, em seguida, expôs o órgão genital e começou a se masturbar, me chamando para ir até ele. Falava: ‘Vem cá, você vai gostar’”, relatou.

Ela contou que gravou o ato e correu para pedir ajuda. “Fingi que estava falando ao telefone e saí correndo. Gravei o rosto dele e fui à delegacia, mas esperei horas para ser atendida. O delegado disse que não precisava ver o vídeo. Eu insisti, mas não quiseram assistir”, afirmou.

A estudante disse ainda que foi surpreendida ao saber que o homem seria liberado. “Perguntei: ‘Mas nada vai acontecer?’ e responderam que só poderiam prender em flagrante se tivesse estupro comprovado. Me senti desamparada”, relatou.

Segundo ela, o pedido para ser escoltada até em casa também foi negado. “Ele foi liberado junto comigo. Fiquei com medo. Só consegui voltar porque colegas pediram um carro por aplicativo”, desabafou.

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