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Capital

Polícia investiga origem de R$ 9,5 mil achados em carro de PM executado

Paula Maciulevicius | 22/02/2013 09:28
No dia da execução, 17 de dezembro, o policial tinha saído do Ciops e se dirigiu ao posto de combustíveis Caravaggio. (Foto: Arquivo/Rodrigo Pazinato)
No dia da execução, 17 de dezembro, o policial tinha saído do Ciops e se dirigiu ao posto de combustíveis Caravaggio. (Foto: Arquivo/Rodrigo Pazinato)

Uma nova peça foi encaixada na investigação sobre a execução do subtenente da Polícia Militar José Carlos da Silveira Souza, 39 anos, morto a tiros de pistola 9 milímetros, em dezembro do ano passado. A perícia feita no carro que ele dirigia, um Celta prata, encontrou R$ 9,5 mil escondidos nos embaixo do porta-luvas.

O dinheiro estava em um envelope pardo e já está depositado judicialmente, explicou o delegado que investiga o caso, João Paulo Sartori. A Polícia investiga agora a origem do dinheiro e se tem relação com a execução de Silveira.

No dia da execução, 17 de dezembro, o policial tinha saído do Ciops (Centro de Operações de Segurança), onde estava lotado há pouco tempo, transferido de Naviraí e se dirigiu ao posto de combustíveis Caravaggio, que fica no macroanel viário, para abastecer. As investigações apontam que ele estava sendo seguido desde que saiu do Parque dos Poderes.

Por enquanto não há nada conclusivo em relação à identificação dos responsáveis pela execução do policial. As imagens do circuito interno do posto estão ajudando a Polícia a identificar o autor dos disparos. As oito câmeras espalhadas pelo pátio, escritório e loja de conveniência captaram seis minutos de imagens que são considerados fundamentais para elucidar o homicídio.

O autor da execução aparece usando um casaco marrom e boné branco. Ele fica escondido atrás de uma das bombas e as câmeras não captaram o momento em que ele atira. Depois do crime o bandido foge e aponta a arma para um caminhoneiro que abastecia no posto.

A suspeita continua, de que José Carlos tenha sido vítima de queima de arquivo já que ele tinha envolvimento com contrabando de cigarros do Paraguai e de que o autor seja da região onde a vítima atuava antes de ser transferida para a Capital.

O corpo de Silveira tinha 19 perfurações de pistola 9 milímetros, que podem tanto ser de entrada quanto de saída dos disparos. No local, foram encontrados nove cápsulas deflagradas.

José Carlos estava corporação há 18 anos e sofria um processo administrativo que poderia resultar em expulsão. Ele foi preso em outubro de 2011 durante operação Fumus Malus, que investigou o envolvimento de policiais na máfia de contrabando de cigarros.

Na época, foi decretada a prisão de 16 policiais, entre eles Silveira. Três eram de Naviraí, onde ele estava lotado, dois de Itaquiraí, um em Sete Quedas, um em Mundo Novo, um em Iguatemi e quatro Campo Grande.

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