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Capital

Polícia suspeita que mãe matou criança e retira corpo de velório para perícia

Michel Faustino | 09/07/2015 16:53
Segundo delegado, novos exames foram feitos no corpo da criança e resultados devem sair em 15 dias. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Segundo delegado, novos exames foram feitos no corpo da criança e resultados devem sair em 15 dias. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) investiga a morte de uma criança de um ano e quatro meses ocorrida na quarta-feira (8), no Jardim Anache, na saída para Cuiabá, em Campo Grande. O velório, que ocorria na manhã de hoje, precisou ser interrompido após denuncias de que a morte tenha sido provocada pela mãe do menino. O corpo foi novamente encaminhado para o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) onde passou por exames e posteriormente liberado.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio de Souza Lauretto, titular da DPCA, no dia do fato, os pais do menino procuraram a polícia para comunicar a morte alegando que a criança havia se afogado com leite, no entanto, ao serem questionados, em um novo depoimento, eles apresentaram versões divergentes.

Consta no registro policial, registrado por Willian Conceição de Oliveira, 25, pai da criança, que por volta das 14h, a esposa, Simone Cardozo Dantas, 27, foi verificar se o filho estava dormindo e encontrou o mesmo sem sinal de vida, com uma secreção de cor escura no canto da boa. Segundo o relato, a criança teria acordado para “mamar” às 5h e desde então permaneceu dormindo.

O pai chegou a acionar uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), no entanto, por conta da suposta demora, a criança foi levada de moto por familiares a unidade de saúde do Nova Bahia, onde foi constatado o óbito.

O corpo foi encaminhado para o IMOL com a informação de que ela morreu depois de se afogar com leite e foi liberado para a família velar e sepultar.

Durante o velório da criança, realizado na manhã de hoje (9), testemunhas denunciaram a polícia que o menino não havia morrido engasgado com leite, mas sim porque a mãe teria dormido sobre a criança. De acordo com a denúncia, ela seria usuária de drogas e no dia do ocorrido outras pessoas também estavam na casa.

Conforme o delegado, por conta da suspeita, o corpo precisou ser retirado do velório e reencaminhado para o IMOL onde foi submetido a novos exames. Segundo Lauretto, foram retirados material do coração, pulmão e do estômago da criança. Os resultados devem sair em 15 dias.

“Por enquanto vamos esperar os resultados dos exames. Não tem como a gente apontar as causas da morte, por isso estamos investigando. Já ouvimos todo mundo e recolhemos alguns objetos, inclusive o carrinho em que a criança estava no dia, para fazer as analises. Agora, só podemos dizer se ela morreu por conta de uma asfixia provocada ou acidental depois dos exames”, finalizou.

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