ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 16º

Capital

Polícia vai repetir depoimentos de testemunhas sobre morte de Gabrielly

Gabrielly Ximenes Souza morreu no dia 6 de dezembro após sofrer quatro paradas cardiorrespiratórias

Geisy Garnes e Marta Ferreira | 14/12/2018 11:40
Santinho de Gabrielly Ximenes de Souza (Foto: Divulgação)
Santinho de Gabrielly Ximenes de Souza (Foto: Divulgação)

Testemunhas que já prestaram depoimento sobre a morte da menina Gabrielly Ximenes Souza, de 10 anos, voltarão a ser ouvidas pela polícia nos próximos dias. A menina fazia o 4º ano do ensino fundamental na escola Lino Villachá, no Bairro Nova Lima, e morreu na Santa Casa de Campo Grande uma semana depois de briga envolvendo colegas, a cem metros do local onde estudava.

Ao Campo Grande News, a delegada Ariene Murad, responsável pelo caso, detalhou que algumas testemunhas já ouvidas serão chamadas para um novo depoimento. A intenção é esclarecer “dúvidas” que foram se formando durante a investigação, que até então já ouviu 16 pessoas.

Sem os laudos em mãos, a delegada reforçou que todas as informações colhidas serão mantidas em sigilo até o fim das investigações, incluindo a possível participação de outras duas adolescentes de 13 anos na briga. Agora, o mais importante para a polícia é entender se as agressões que a criança sofreu resultaram, de alguma maneira, na morte dela.

Na linguagem técnica, explicou a delegada, é preciso saber se há “nexo causal” entre a agressão sofrida, a piora do estado de saúde e a morte.

O diagnóstico para a morte da menina foi de “artrite séptica”, uma infecção que atinge articulações e pode ser provocada por bactérias e até vírus. A doença foi identificada no quadril de Gabrielly na segunda vez que ela foi levada para a Santa Casa, no dia 4 de dezembro, depois de passar pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento Coronel Antonino) e pelo CEM (Centro Especializado Municipal).

No hospital, a situação evoluiu e a menina teve “tromboembolia”, que atinge os pulmões. Com a piora no estado de saúde, ela sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias e morreu na manhã do dia 6, uma quinta-feira. O atendimento de saúde recebido pela estudante também é alvo de investigação.

Entenda - A briga entre Gabrielly e a colega de sala, de 9 anos, teria começado dentro da escola e chegado a rua após a saída das meninas da aula.

Para a polícia, a menina de 9 anos confessou ter agredido a vítima sozinha, com “três mochiladas”. Após prestar depoimento, a delegada Fernanda Feliz, a primeira a investigar o caso, chegou a falar que seria investigada se uma doença pré-existente teria provocado a morte. Pelo histórico médico da criança, isso já foi descartado.

Ao contrário do depoimento, a família de Gabrielly afirmou que a confusão envolveu outras duas adolescentes. O que se sabe de fato é que após as agressões, a menina caiu, sentiu dores muito fortes no quadril, teve ajuda de um rapaz na rua, foi andando para uma marquise, pois chovia na hora, onde aguardou “deitadinha” o socorro do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).

Nos siga no Google Notícias