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Capital

Por falta de dinheiro ou tranquilidade, Capital não vê efeitos do "pré-feriadão"

Por se tratar de dia sem restrições, comércio tem movimento baixo assim como resto da semana

Guilherme Correia e Ana Beatriz Rodrigues | 20/03/2021 14:40
Ruas do Centro estavam pouco movimentadas e maioria dos carros era de funcionários do comércio (Foto: Kísie Ainoã)
Ruas do Centro estavam pouco movimentadas e maioria dos carros era de funcionários do comércio (Foto: Kísie Ainoã)

Com cinco feriados antecipados para próxima semana, ruas de Campo Grande neste sábado (20) não lembram em nada isolamento feito em março do ano passado, quando covid-19 foi confirmada por aqui, mas também mostra que parte da população não aderiu a "euforia" para se preparar ao "feriadão" decretado como forma de reduzir infecções pelo coronavírus.

Amanda Dias, de 19 anos, se surpreendeu com baixo movimento no Centro (Foto: Kísie Ainoã)
Amanda Dias, de 19 anos, se surpreendeu com baixo movimento no Centro (Foto: Kísie Ainoã)

Por volta das 8h desta manhã, com vários comércios ainda fechados, foi difícil ver movimento no Centro. Cerca de 1h30 depois, mais gente passou a ocupar as calçadas de lojas que abriram.

A estudante Amanda Dias, de 19 anos, esperava que estaria muito cheio por conta dos feriados antecipados para os próximos dias, mas se surpreendeu por conta do baixo fluxo. "Vim cedo para o dentista, coisa de rotina, e estava muito vazio. Agora [9h] deu uma lotadinha", relata.

A estudante Sara Batista, de 14 anos, veio junto da mãe para comprar roupas e também notou que estava bem vazio o lugar. "Está mais vazio mesmo, tem pouca gente. Acho que só algumas pessoas ainda vão começar a se preparar para fechar nos próximos dias".

A comerciante Júlia Rezende, de 27 anos, espera por mais clientes, mas pensa que falta de dinheiro e "confusão" em relação ao decretos tenha reduzido circulação. "Está bem fraco mesmo, a maioria das pessoas está achando que [o feriadão] seria a partir de hoje. A gente espera movimento a tarde , mas um movimento equilibrado para ter distanciamento", diz.

Além disso, acho que as pessoas estão sem dinheiro mesmo", admite Júlia.

Às pressas, Roseli Fontal, de 55 anos, diz que veio de maneira excepcional para fazer poucas compras, e acha que ficará vazio o dia todo. Mesmo pessimismo é notado pelo vendedor Sebastião de Oliveira, de 61 anos, que ressalta a dificuldade financeira que muitos têm passado. "Acho que vai ficar assim [vazio] mesmo. O negócio já 'está feio' e na próxima semana vai ser pior", conta.

Rua 14 de Julho, no início da manhã, tinha poucos pedestres (Foto: Kísie Ainoã)
Rua 14 de Julho, no início da manhã, tinha poucos pedestres (Foto: Kísie Ainoã)

Outros lugares - Espaços comerciais como o Shopping Campo Grande, nesta tarde, estavam com movimento tradicional de outros dias da semana. A reportagem constatou que estacionamento estava com vários carros, mas que ainda assim havia vários lugares para guardar o carro.

Apesar disso, a praça de alimentação era onde mais havia movimentação - praticamente todas as mesas estavam ocupadas.

Boa parte da população, inclusive, não parece ter aderido a preocupação para "estocar" alimentos. Alguns dos principais atacadistas da cidade não estavam lotados e possuíam muitas vagas disponíveis. É importante lembrar que, segundo decreto municipal, mercados podem abrir normalmente durante o período.

Estacionamento do Atacadão, na Avenida Cônsul Assaf Trad, tinha movimento tranquilo nesta tarde (Foto: Kísie Ainoã)
Estacionamento do Atacadão, na Avenida Cônsul Assaf Trad, tinha movimento tranquilo nesta tarde (Foto: Kísie Ainoã)
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