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Capital

Prefeitura propõe 8,50% de reajuste, mas proposta desagrada sindicalistas

Antonio Marques | 08/06/2015 17:11
Secretários propuseram 8,5% de reajuste aos professores da rede municipal, mas proposta não agradou os sindicalistas (Foto: Marcos Ermínio)
Secretários propuseram 8,5% de reajuste aos professores da rede municipal, mas proposta não agradou os sindicalistas (Foto: Marcos Ermínio)

A proposta da Prefeitura de Campo Grande para acabar com a greve dos professores da rede municipal de ensino não agradou a direção da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação). Ao final da reunião, ocorrida na tarde de hoje, 8, no plenarinho do gabinete do prefeito Gilmar Olarte (PP), o presidente do sindicato, Geraldo Gonçalves Alves disse à imprensa que a categoria é que vai decidir na assembleia geral na manhã dessaa terça-feira na sede da entidade.

Segundo o presidente da ACP, a Prefeitura propôs um reajuste de 8,50% parcelados até o mês de dezembro de 2015, sendo 0,5% em junho e 1,33% nos meses seguintes, até o final do ano. “Estamos desde 10 de março reivindicando os 13,01%, referente ao reajuste que está na lei do piso salarial nacional. Os professores estão descontentes”, reclamou Geraldo Alves, acrescentando que foram mais de sete audiências com os secretários e nenhuma definição até o momento.

Na reunião de hoje participaram o secretário de Administração Wilson do Prado, que também é interino da Educação; o secretário adjunto de Planejamento, Finanças e Controle, Ivan Jorge; o chefe de gabinete, Paulo Mattos, e os vereadores Edil Albuquerque (PMDB) e o João Rocha (PSDB). Pela ACP, além do presidente, diversos diretores e membros da comissão de greve.

Para Geraldo Alves, se a proposta tivesse avançado para o valor reivindicado “seria mais fácil a categoria aprová-la, já que é um direito dos trabalhadores. Precisamos de uma negociação a nosso favor”, declarou.

A imprensa não pode acompanhar a apresentação da proposta, apenas fazer as imagens, e ao final os secretários e os vereadores permaneceram no plenarinho e não quiseram atender a reportagem. De acordo com a assessoria da Prefeitura, eles continuariam em outra reunião. A assessoria ainda informou que o argumento dos secretários para não propor os 13,01% é a limitação imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os dirigentes do sindicato saíram reclamando da proposta, que dificilmente deverá ser aprovada na assembleia de amanhã. Se a categoria recusá-la, os participantes vão seguir até a Câmara Municipal para continuar pedindo apoio dos vereadores nas negociações com a Prefeitura.

Piso - Em janeiro deste ano, o piso nacional dos professores foi reajustado em 13,01%, percentual que ainda não foi concedido para os educadores da Reme (Rede Municipal de Ensino). A Prefeitura, alega ser a única Capital em que os professores, em sua quase totalidade, ganham acima do piso nacional, que é de R$ 1.917,78, por uma carga horária de, até, 40 horas semanais. O Executivo municipal diz que paga, no mínimo, R$ 2.532,00 para uma jornada de 20 horas semanais.

Multa - A greve começou em 25 de maio e dois dias depois o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinou o retorno de 66% da categoria, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Segundo Geraldo Gonçalves, o sindicato só foi notificado da ação na quarta-feira, dia 03, portanto a penalidade passaria a partir de hoje, mas o sindicato já teria recorrido juridicamente.

A rede municipal conta com 8,3 mil professores, sendo seis mil concursados e 2,3 mil convocados, e 101 mil alunos.

O sindicato dos professores vão avaliar a proposta da Prefeitura em assembleia na manhã desta terça-feira (Foto: Marcos Ermínio)
O sindicato dos professores vão avaliar a proposta da Prefeitura em assembleia na manhã desta terça-feira (Foto: Marcos Ermínio)
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