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Capital

Professores decidem manter greve e cobrar reajuste na Justiça

Edivaldo Bitencourt e Ludyney Moura | 13/11/2014 10:51
Professor em greve segura adesivo durante assembleia na ACP (Foto: Marcos Ermínio)
Professor em greve segura adesivo durante assembleia na ACP (Foto: Marcos Ermínio)

Os professores decidiram, em assembleia geral na manhã de hoje (12), manter a greve iniciada há uma semana e ir à Justiça para cobrar o reajuste salarial de 8,46%. A paralisação começou na quinta-feira passada e conta com a adesão de 67% das escolas, segundo a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública).

Pela primeira vez, os professores mostraram-se divididos sobre a continuidade da greve. No entanto, apenas uma minoria defendeu o fim da paralisação e a publicação de uma carta aberta à população, com críticas ao prefeito Gilmar Olarte (PP) por não cumprir a lei aprovada em dezembro de 2012.

Pela lei, a prefeitura elevaria o salário inicial da categoria para uma jornada de 20 horas ao valor do piso nacional, de R$ 1.697. A última etapa previa o reajuste em outubro deste ano, mas o prefeito não concedeu porque o município não dispõe de recursos em caixa.

Além de manter a paralisação, os professores decidiram ir à Justiça para cobrar o reajuste. Ontem, eles até decidiram aceitar o reajuste parcelado, em quatro vezes, mas a Prefeitura descartou o pedido.

Na manhã de hoje, uma comissão foi ao Paço Municipal, mas não foi recebida pelo prefeito. Um assessor de Olarte informou que ele só volta a conversar com a categoria após o fim da greve.

Com a manutenção da greve, os estudantes da Rede Municipal de Ensino vão ter aulas em janeiro e férias mais curtas no início do próximo ano.

Os professores também pretendiam ir à Câmara Municipal, onde iriam realizar novo protesto. No entanto, a sessão foi suspensa em decorrência da morte do poeta Manoel de Barros.

À tarde, os docentes vão fazer panfletagem nas escolas, terminais de ônibus e na Avenida Afonso Pena. “A culpa não é do legislativo, é do prefeito que não quer cumprir a lei”, destacou o presidente da ACP, Geraldo Alves Gonçalves.

“Professor não gosta de greve, mas nosso direito não pode ser prejudicado “, afirmou o sindicalista.

Esta é a primeira greve na educação pública da Capital em 14 anos. Na última realizada no ano 2000, o então prefeito, André Puccinelli (PMDB) fechou um acordo e não prejudicou o ano letivo.

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