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Capital

Protesto de catadores não impede coleta de lixo em Campo Grande

Lidiane Kober | 02/06/2014 18:27

Protesto de catadores de materiais recicláveis, que fecharam, nesta segunda-feira (2), o acesso ao lixão, no bairro Dom Antônio Barbosa, não atrapalhou a coleta na Capital. Segundo a CG Solurb, os caminhões entraram sem problemas e depositaram normalmente o lixo. O assunto, no entanto, continua gerando polêmica e a prefeitura corre o risco de ser obrigada a pagar multa diária de R$ 100 mil.

Tudo começou porque a administração municipal lacrou, a mando da Justiça, a área onde era depositado os resíduos. No local, os catadores fazem a coleta dos materiais recicláveis, já que a UTR (Unidade de Triagem de Resíduos) não está pronta. Da atividade, eles tiram a renda mensal das famílias.

Além de interditar a área de transição dos catadores, a Justiça mandou a prefeitura definir um espaço alternativa para coleta, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, adiantou que não será aberto um novo local de transição.

“Não tem licenciamento ambiental de outra área para despejar o lixo, abrir um novo espaço é abrir outro lixão, isso é crime ambiental”, alegou. Por isso, a estratégia é recorrer da decisão judicial. Por outro lado, o autor da ação, Thiago Verrone, atesta que a atual área de transição dos catadores também não tem licença ambiental.

Decidido a fazer a prefeitura cumprir a sentença, ele pediu uma diligência do Ministério Público e de oficial de Justiça ao lixão para conferir que a decisão não foi executada. “Não criaram espaço alternativo de transição, ninguém está trabalhando lá e vou pedir que a multa seja aplicada”, ressaltou.

Semy, por sua vez, insiste que não tem como criar novo ponto de passagem e disse que, agora, a preocupação da prefeitura é dar assistência aos catadores até a UTR ficar pronta. Sobre o risco de o protesto dos catadores seguir e atrapalhar a coleta, ele afirmou que a responsabilidade é da Solurb.

“Temos uma Parceria Público Privada para fazer a coleta, a empresa foi contratada para isso e é de responsabilidade dela encontrar caminhos para levar o lixo até o ponto de destino”, declarou o secretário. Segundo ele, para um dia de atraso, são necessários 15 dias para regularizar a coleta.

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