Usada por princesa, bolsa de MS rouba a cena na imprensa japonesa
Avaliada em R$ 3.600, a peça de edição limitada é produção artesanal de designer de Rio Negro
Não é todo dia que um acessório da moda sul-mato-grossense vira notícia do outro lado do mundo. Mas foi exatamente isso que aconteceu com uma bolsa feita em Rio Negro, presenteada à Kako de Akishino, princesa do Japão que esteve em Campo Grande durante visita ao Brasil nesta semana.
Avaliada em R$ 3.600, a peça de edição limitada roubou a cena na imprensa japonesa, que destacou. "Princesa Kako, em visita ao Brasil, usa uma bolsa de marca local 'sustentável'".
A criadora da peça é a designer Zanir Furtado, fundadora da marca que, desde 2020, transforma couro de gado pantaneiro em bolsas que são verdadeiras joias. “A bolsa dada a ela é a Diva. Uma peça clássica, feita à mão e com inspiração direta na natureza do Pantanal”, conta a empresária.
Produzida em couro croco preto com detalhes em azul, a bolsa remete às cores do céu refletido nas águas pantaneiras e às nuances da vegetação exuberante da região. “Essa bolsa representa força, beleza e elegância. Os dois tons de azul remetem ao céu e à flora quando se refletem nas águas calmas do Pantanal. É uma peça feita para que quem a use se sinta uma diva mesmo”, explica Zanir.
Item de edição limitada, o processo de produção é artesanal e leva cerca de 35 dias para ser finalizado. “Não é uma peça feita em escala”, diz a designer.
O convite para que a bolsa se tornasse um presente oficial do Governo de Mato Grosso do Sul partiu da primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, que fez a escolha pessoalmente. “Ela entrou em contato no domingo. Na segunda, a bolsa já estava em Campo Grande. A entrega foi feita na terça-feira, em uma cerimônia privada”, lembra Zanir.
A princesa gostou tanto do presente que trocou a bolsa que usaria originalmente no evento e apareceu com a Diva em mãos, detalhe que chamou atenção da mídia japonesa. “Isso foi uma grande surpresa. Quando vi a reportagem foi um orgulho enorme ver um produto feito aqui, com matéria-prima local e mão de obra do interior, ganhar o mundo”, pontua Zanir.
Criada durante a pandemia, a marca da empresária surgiu com o propósito de gerar renda e profissionalizar mulheres e jovens da cidade de Rio Negro. Hoje, com cada peça vendida, ela também exporta o nome do Pantanal para o mundo.
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