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Capital

Protesto expõe a dor de quem sobreviveu ou perdeu alguém no trânsito

Francisco Júnior | 30/11/2013 12:01
Protesto expõe a dor de quem sobreviveu ou perdeu alguém no trânsito

Cerca de 20 pessoas que tiveram parentes feridos ou mortos em acidente no trânsito da Capital se reuniram nesta manhã em um protesto no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Paraíba, no Bairro Santa Fé.

A manifestação foi convocada por familiares de Thiago Rafael Yahn, 27 anos, que sobreviveu a um trágico acidente ocorrido no último dia 25. Ele foi lançado após a moto que pilotava ser atingida por um carro no cruzamento da rua Espírito Santo com a Afonso Pena. Câmeras de um bar gravaram o momento da colisão. A imagem foi tão impressionante que virou notícia nos principais telejornais do País.

A jornalista Natália Yahn, irmã de Thiago, afirmou que o foco do movimento é a conscientização dos motoristas para um trânsito mais seguro. “Nós precisamos no mobilizar, fazer alguma coisa. O meu irmão não morreu, mas quantas outras pessoas tiveram que enterrar seus parentes. Queremos que os motoristas sejam mais conscientes e dirijam com mais segurança”, disse.

Mesmo ainda debilitado com uma fratura no ombro e pé esquerdo, Thiago fez questão de estar presente no protesto. “ Nós precisamos de prudência para que ninguém mais morra no trânsito de Campo Grande”.

Manifestantes pedem mais cautela dos motoristas.
Manifestantes pedem mais cautela dos motoristas.
Thiago mesmo debilitado participou de manifestação.
Thiago mesmo debilitado participou de manifestação.

A manifestação contou com o apoio de famílias marcadas pela violência no trânsito. Laís Mariane Oliveira da Silva ainda sofre com a perda do marido, morto após ser atropelado por um motorista embriagado no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Rubens Gil de Camillo. “Hoje eu vim aqui para confraternizar a vida e não a morte. Ele (Thiago) sobreviveu, infelizmente meu marido não teve tanta sorte”, afirmou dizendo que ainda busca justiça pela morte do marido.

Virgínia Ramirez, 42, além do marido perdeu o filho no mesmo acidente ocorrido em maio do ano passado. Os dois foram atropelados em uma ciclovia no bairro Zé Pereira. “Eu ainda sofro com tudo o que aconteceu. Vim aqui hoje dar o meu apoio para que tragédias como a que eu sofri não ocorram mais”, desabafou.

O grupo ficou até às 11 horas abordando os motoristas e dando dicas de como dirigir com segurança.

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