ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Protesto pede justiça para morte provocada por policial

Gabriel Neris e Helton Verão | 05/10/2012 19:03
Protesto ocorreu na rua Catiguá, no Jardim Canguru, na Capital, onde ocorreu o acidente (Foto: Pedro Peralta)
Protesto ocorreu na rua Catiguá, no Jardim Canguru, na Capital, onde ocorreu o acidente (Foto: Pedro Peralta)

Amigos e familiares de Jefferson de Souza Pereira, 23 anos, morto em acidente de trânsito na última quarta-feira (3), realizaram protesto pedindo justiça. Galhos, bicicletas e motocicletas foram utilizadas para fechar a rua Catiguá, no Jardim Canguru, em Campo Grande, onde ocorreu a colisão.

A vítima pilotava uma motocicleta Titan 125, de cor azul, quando foi atingido frontalmente pelo veículo Golf, de cor prata, dirigido por Marcos Antônio dos Santos, 43 anos, policial militar da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito). Populares afirmam que Santos estava consumindo bebida alcoólica numa conveniência próxima ao local onde ocorreu o acidente.

A advogada Eliane Angélica, 37 anos, teve seu carro atingido após a colisão do Golf com a motocicleta. Ela conta que o policial tentou ultrapassá-la, mas no outro lado da rua havia um veículo da Enersul estacionado, deixando a via estreita.

Eliane afirma que o policial prosseguiu e acertou o motociclista. O rapaz não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada do resgate. Ela conta que chegou a discutir com o policial e viu a vítima falecer na rua.

Mulher de Jefferson de Souza Pereira leva quadro com a foto da vítima do acidente fatal (Foto: Pedro Peralta)
Mulher de Jefferson de Souza Pereira leva quadro com a foto da vítima do acidente fatal (Foto: Pedro Peralta)

O irmão da vítima, Reniê da Silva Feitosa, 23 anos, liderou o protesto no Jardim Canguru. O autônomo disse que a intenção foi de organizar um protesto pacífico e para denunciar o caso.

Segundo ele, a vítima saiu de casa para comprar carne. E após o acidente, o policial não passou pelo teste do bafômetro. “Isso não pode passar batido. Queremos justiça”, ressaltou.

A mulher de Jefferson, Reniela da Silva Feitosa, esteve no protesto emocionada e com um quadro da vítima em mãos. “Doeu mais pela injustiça e pelo fato de ser policial também”, disse, aos choros.

O protesto tomou grande proporção e recebeu mais de 100 pessoas. Dezoito policiais da Rotac (Rondas Táticas e Ações de Choque) e seis viaturas foram utilizadas para evitar qualquer princípio de confusão. Quatro motocicletas da Ciptran auxiliaram no controle do trânsito.

O comandante da Ciptran, tenente-coronel Alírio Vilassanti, afirmou que o policial militar foi afastado das funções para receber tratamento psicológico. O militar estava fardado no momento do acidente.

Ainda de acordo com o tenente-coronel, foi realizado teste de alcoolemia na frente de duas testemunhas que não são da instituição. O resultado deu negativo.

O caso foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga como homicídio culposo na direção do veículo automotor.

Nos siga no Google Notícias