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Capital

Segundo mutirão contra a dengue e a chikungunya começa na Jacy e Taquarussu

Paulo Francis | 24/11/2014 16:40
Moradores recebem orientações dos Agentes de Saúde. (Foto: Assessoria PMCG).
Moradores recebem orientações dos Agentes de Saúde. (Foto: Assessoria PMCG).

A segunda etapa do mutirão de limpeza contra a dengue e a febre chikungunya começou, nesta segunda-feira (24), nos bairros Taquarussu e Jacy, em Campo Grande. Os bairros foram escolhidos por apresentarem alto índice no Levantamento Rápido para Aedes Aegypti (Lira), com 2,3% de infestação na última semana de outubro.

Cerca de 80 agentes de saúde começaram a orientar os moradores dos 4,9 mil imóveis da região. A orientação aos moradores segue até sexta-feira (28) e o foco é para que retirem materiais que possam servir como depósito de água parada e como criadouro do mosquito.

Os agentes estão entregando panfletos com informações sobre as doenças e entram nas casas para vistoriarem as condições do imóvel. Depois das orientações, os moradores devem colocar na rua, até domingo (30), os materiais que possam acumular água parada. A partir da próxima segunda-feira (1º de dezembro), a Prefeitura começa a recolher o lixo das ruas.

Segundo o chefe de serviço de controle da dengue, Alcides Ferreira, campanhas como essa diminuem a incidência das doenças. “Este ano, tivemos somente 3,6 mil notificações de dengue, contra 46 mil no ano passado. Isso é reflexo das campanhas que fazemos e da conscientização das pessoas”, frisa.

A comunidade em geral também acha importante este tipo de ação. A dona de casa Simone Ramos Tavares, que mora na rua Dona Otília Barcelos há dois meses, elogia a atuação dos agentes. “Eles me passaram toda a informação necessária. Agora, sei o que devo e o que não devo retirar de casa”, afirma. “Essa é uma campanha muito boa, espero que todos façam sua parte”, completa.

A prefeitura irá recolher diversos materiais e objetos, tais como: caixa d’água, calhas, baldes, garrafas, cesto, barris d’água, pneus, sofá velho, geladeira velha, fogão velho, plásticos e outros materiais que possam servir como depósito de água parada para o Aedes aegypti.

O moradores poderá ser notificado caso não retire os materiais que possam servir como depósito de água parada até a data especificada. Se o terreno não for limpo, ele pode receber uma multa que varia de R$ 1.721,50 a R$ 6.884,00.

De acordo com o chefe de serviço de contenção da dengue, 75% dos focos são nas casas, 13% no comércio, 7,5% em terrenos baldios e 2,5% em imóveis públicos.

Dengue e Chikungunya - Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Mas em Campo Grande circulam apenas os tipos 1, 2 e 3. Cada pessoa pode contrair um tipo da doença. A proliferação do mosquito da dengue é causada pelo acúmulo de água parada.

A febre Chikungunya é transmitida pelos mesmos mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela. Em Campo Grande, há 20 casos notificados da febre, sendo que quatro casos foram descartados, um confirmado e 15 ainda aguardam o resultado, segundo Ferreira.

Os principais grupos de risco da febre são os recém-nascidos, crianças e idosos, sendo que a letalidade para os recém-nascidos pode chegar a 50%. No entanto, a taxa de mortalidade é menor que o da dengue, que é de 2%, contra 1% da chikungunya. O paciente pode apresentar as duas doenças ao mesmo tempo.

Os sintomas da febre são parecidos com os da dengue, exceto pelas fortes dores nas articulações, que podem durar até três anos. Se as dores durarem até 10 dias, a febre é considerada aguda; se durar de 10 dias até três meses é considerada subaguda e se durar acima deste período é classificada como crônica. A doença pode deixar lesões irreversíveis nas articulações.

Segundo mutirão contra a dengue e a chikungunya começa na Jacy e Taquarussu
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