ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Sem contrato com prefeitura, Santa Casa só aguenta mais 30 dias

Aline dos Santos | 07/04/2015 10:43
Santa Casa teve plus de R$ 3 milhões, mas contrato era de apenas três meses. (Foto: Arquivo)
Santa Casa teve plus de R$ 3 milhões, mas contrato era de apenas três meses. (Foto: Arquivo)

Sem a renovação de contrato com a prefeitura de Campo Grande para repasse mensal de R$ 4,2 milhões, a Santa Casa, maior hospital do Estado, terá sobrevida de 30 dias. “Está funcionando normalmente hoje, funciona enquanto o hospital conseguir caminhar”, afirma o diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco. Ele dimensiona em 30 dias o prazo para que os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) percebam os impactos de um eventual fim de contrato. O prazo de renovação vence nesta terça-feira.

Segundo Teslenco, não há reunião agendada com o Poder Executivo. Ontem, a direção do hospital repassou a situação ao MPE (Ministério Público do Estado). “Informamos porque há uma preocupação com o desdobramento disso. Havia expectativa de ser resolvido”, diz. A expectativa é que o tema seja tratado em reunião hoje entre Ministério Público e SES (Secretaria Estadual de Saúde).

Em dezembro do ano passado, um aditivo ampliou o repasse em R$ 3 milhões. A quantia inicial era de R$ 1,2 milhão e com o reforço emergencial chegou a R$ 4,2 milhões por mês. O adicional foi para fazer frente a um déficit nas contas do hospital, corrigindo defasagem de três anos. Contudo, o aditivo teria vigência apenas por janeiro, fevereiro e março.

“A prefeitura entendia que haveria outra situação financeira com a vinda do novo governador. Mas o tempo passou, os quatro meses foram”, salienta. Teslenco não informa o quanto foi pedido ao governo do Estado, pois a Santa Casa negocia somente com a prefeitura, que, por sua vez, dialoga com a administração estadual.

No fim de 2014, foi divulgado que a majoração no contrato teria como contrapartida aumento de 100 leitos. Segundo Teslenco, esse ponto não figurou no contrato. Em janeiro foi apresentada à prefeitura estudo para ampliação de 50 leitos, mas com incremento nos custos.

Conforme a direção, seria inviável negociar contrato com repasse mensal abaixo dos R$ 4,2 milhões. “Não tem como fechar contrato sem recurso para fazer, seria uma irresponsabilidade por parte do hospital”, afirma o diretor.

Expectativa – De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Gilmar Trevisan, haverá reunião com o prefeito Gilmar Olarte (PP) na manhã de hoje. A assessoria de imprensa da prefeitura informa que um posicionamento deve ser anunciado no começo da tarde.

Nos siga no Google Notícias