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Capital

Sesau quer prazo de 30 dias para abrir novos leitos em hospitais

Aline dos Santos | 04/09/2014 12:38
Jamal (à direita) vai pedir mais prazo à promotora Filomena Fluminhan. (Foto: Marcelo Calazans)
Jamal (à direita) vai pedir mais prazo à promotora Filomena Fluminhan. (Foto: Marcelo Calazans)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) vai pedir mais 30 dias de prazo ao MPE (Ministério Público Estadual) para abertura de novos leitos em Campo Grande. De acordo com o secretário Jamal Salem, a expectativa é ativar, dentro desse período, vagas no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian e Santa Casa.

“Os leitos estão sendo operacionalizados. São 10 vagas de UTI no HR e mais 18 vagas para a área amarela, que atende pacientes com AVC, infarto. E estamos buscando 12 leitos na Santa Casa”, afirma o secretário. A médio prazo, a prefeitura pretende abrir mais 10 vagas no Hospital da Criança do SUS, ainda em reforma.

“Em saúde, um mais um pode ser dois, pode ser três. Precisamos de recursos humanos, equipe treinada para a UTI. Temos boas intenções em resolver o problema, que não surgiu na gestão do Gilmar Olarte e não é em cinco meses que vai resolver. A saúde estava em coma”, salienta Jamal Salem. Segundo ele, o déficit é de 50 leitos de UTI na cidade. "Vai levar um ano e meio para pôr a casa em ordem", avalia.

A crise na rede pública de saúde, com pacientes internados em pronto-socorro e UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) por mais de 24 horas, fez com que a promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan expedisse recomendação, no dia 15 de agosto, para abertura de novos leitos dentro do prazo de 10 dias. O documento não informou a quantidade, mas faz menção a quantitativo necessários para atender os usuários irregularmente internados.

No último dia 20 de agosto, após reunião com o secretário municipal de Saúde, a promotora esticou o prazo para mais 20 dias. De acordo com Jamal, o novo pedido de dilatação do prazo deve ser apresentado ao MPE. “A promotora está trabalhando e nós estamos trabalhando. Não podemos fazer milagre”, afirma. Ele pondera que há bom diálogo com o Ministério Público.

A recomendação funciona como um alerta. Caso os pedidos não sejam atendidos, a questão pode virar processo judicial.

Crônico - Vistoria do MPE voltou a encontrar problemas nas UPAs Coronel Antonino, Vila Almeida e Universitário. A fiscalização foi feita pela promotora em primeiro de setembro.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, na UPA Coronel Antonino, constatou-se que uma paciente estava internada desde 24 de agosto à espera de vaga em Caps (Centro de Apoio Psicossocial).

Na Vila Almeida, a informação é que nos últimos meses, pacientes chegaram a ficar mais de cinco dias internados; porém, nas últimas semanas, a transferência foi mais rápida.

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