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Capital

Velocidade de carros envolvidos em racha com morte foi de até 120km/h

Nícholas Vasconcelos | 23/04/2013 16:47
VW Polo foi partido ao meio depois de atingir poste de energia e loja de artigos militares. (Foto: Nyelder Rodrigues)
VW Polo foi partido ao meio depois de atingir poste de energia e loja de artigos militares. (Foto: Nyelder Rodrigues)

O laudo da perícia do acidente que terminou com a morte de Marcus Henrique de Abreu, 22 anos, na avenida Duque de Caxias no dia 31 de março, mostrou que o VW Polo e o Citroën C3 estavam entre 90 km/hora e 120 km/h. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Natanel Balduíno, o laudo não aponta que os dois casos disputassem um racha, somente que estavam acima dos 60 km/h permitidos para a via.

Nesta segunda-feira (22), a 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou o pedido de liberdade para o outro condutor envolvido no acidente, Ryan Douglas Werner Vieira, 20 anos. Ele foi indiciado pelos crimes de racha, homicídio doloso e lesão corporal dolosa e este é o segundo pedido de habeas corpus negado pela Justiça.

De acordo com a análise, entregue ontem, o VW Polo dirigido por Marcus Henrique bateu na traseira de uma camionete GM S-10. Em seguida, o C-3 atingiu a traseira do Polo e os dois veículos perderam o controle.

A perícia mostrou que o Polo bateu no poste de energia elétrica  e em uma loja de artigos militares, ao mesmo tempo em que foi atingido pelo C3. A análise não conseguiu apontar a participação de um Fiat Uno na dinâmica do acidente, além de um GM Celta que teve a participação descartada na colisão.

“O laudo não fala em racha, mas fala que os dois estavam acima da velocidade permitida”, explicou Natanel.

Foram ouvidas duas testemunhas que estavam de plantão nas guaritas do CMO (Comando Militar do Oeste). A primeira firmou que viu os veículos acelerando e a segunda que disse ter visto os dois em alta velocidade.

O inquérito, encerrado na quarta-feira (17), foi complementado com o laudo e vai receber ainda os depoimentos das novas testemunhas.

A Polícia Civil espera ouvir de três a cinco testemunhas, incluindo um terceiro militar que estava de plantão no Comando Militar e outra que disse ter visto o C-3 e um veículo vermelho, não identificado, disputando velocidade desde os altos da avenida Afonso Pena até a igreja Perpétuo Socorro. No entanto, segundo o delegado, essa testemunha relata não ter visto mais a disputa além da igreja.

As novas informações serão encaminhadas ao inquérito que já foi remetido ao MPE (Ministério Público Estadual) para saber se Ryan vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

A namorada de Marcus, Letícia Souza Santos, 23 anos, ficou ferida. Ela nega que o namorado disputasse um racha, mas diz que o Celta o C-3 estavam em alta velocidade.

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