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Capital

Vítima de marteladas do amigo morreu 4 meses antes do casamento da filha

Família questiona versão do acusado e acredita que crime foi latrocínio

Clayton Neves | 05/02/2020 11:24
Vítima de marteladas do amigo morreu 4 meses antes do casamento da filha
Juliane acompanhou julgamento do assassino do pai e cobrou por Justiça. (Foto: Clayton Neves)

dia do julgamento do assassino do pai, a jovem Juliane Gomes Garcia Souza, de 25 anos, fala da dificuldade em superar a partida do mecânico Belarmino Barbosa de Souza, de 58 anos, morto a marteladas no dia 24 de novembro de 2018 no Jardim Panamá, em Campo Grande. A filha lembra que a vítima morreu quatro meses antes do dia de seu casamento, o que tornou a data incompleta por causa da ausência do pai.

Após ter o júri cancelado em novembro do ano passado, Geronilson Souza do Nascimento, de 24 anos, passa, nesta quarta-feira (5), por julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri.

“Dói muito. Foi muito cruel a maneira como aconteceu e é muito difícil saber que perdi meu pai com oito marteladas e sem ter defesa”, afirma Juliana, que acompanha tudo da plateia.

Segundo ela, a família questiona diversos pontos do depoimento de Geronilson e por isso, acredita que o crime trata-se de latrocínio e não de homicídio qualificado como determinou a Justiça. Ela afirma que depois da morte, encontrou na casa de Belarmino extrato de FGTS no valor de R$ 32 mil. Além disso, diz que sentiu falta de um anel de ouro que a vítima sempre usava.

Vítima de marteladas do amigo morreu 4 meses antes do casamento da filha
Geronilson Souza do Nascimento alega que matou o amigo a marteladas em legítima defesa. (Foto: Henrique Kawaminami)

“Ele chegou a pegar o cartão com a senha do meu pai, deve ter achado que poderia sacar esse dinheiro. A marca do anel ainda estava no dedo do meu pai, mas o anel não achamos’, afirma.
Agora, um ano depois da morte do pai, Juliane afirma que fica a saudade do homem que era exemplo para ela. “Meu pai era um homem de caráter, honesto trabalhador. Foi solidário até com quem tirou a vida dele”, finaliza.

Júri - Ao juiz Aluízo Pereira dos Santos, Geronilson sustentou a versão apresentada no primeiro júri, de que matou Belarmino em legítima defesa. Segundo o réu, os dois moravam juntos na casa onde ocorreu o crime e tinham uma boa relação. O conflito entre os dois começou quando Belarmino descobriu que o autor estava trocando mensagens com sua ex-mulher.

A vítima foi morta com oito golpes de martelo e o corpo deixado em um matagal próximo a cidade de Aquidauana.

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