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Capital

Vizinha ouviu 20 tiros e ainda tentou socorrer homem executado na Vila Popular

Rapaz era conhecido na região e estaria em uma tabacaria a três quadras do local onde foi executado

Ana Paula Chuva e Gabrielle Tavares | 03/09/2022 09:03
Vizinha ouviu 20 tiros e ainda tentou socorrer homem executado na Vila Popular
Marcas de sangue no local onde Heber foi encontrado por moradores. (Foto: Kisiê Ainoã)

Técnica de enfermagem e vizinha do local onde Heber da Silva Arruda foi executado, chegou a tentar socorrer o homem de 35 anos, atingido por ao menos 14 tiros na madrugada deste sábado (3), na Vila Popular, em Campo Grande.

Ao Campo Grande News, Patrícia Rodrigues da Silva, 40 anos, contou que tinha acabado de deitar quando escutou os tiros por volta de meia noite. Ela relata que teve medo, mas acabou saindo para ver o que estava acontecendo.

“Quando cheguei na varanda de casa ouvi o povo falando ‘ele já morreu, ele já morreu, vamos embora’, sai de casa e vi ele na calçada. Prestei os primeiros socorros, mas ele já tinha morrido”, disse a mulher.

Ainda conforme a técnica de enfermagem, o rapaz estava em uma tabacaria a três quadras de onde morreu com alguns amigos, que aparecem só depois que ele já estava morto.

“Conhecia ele de vista aqui do bairro. Era bem tranquilo, não era de caçar confusão, mas tem uns anos que tentaram matar ele já. Nem sei o nome dele. Mas ouvi uns 20 tiros, os caras até trocaram de pente”, relatou Patrícia.

Vizinha ouviu 20 tiros e ainda tentou socorrer homem executado na Vila Popular
Corpo de rapaz ainda caido em calçada na Vila Popular. (Foto: Direto das Ruas)

O caso – Heber foi atingido pelos disparos na Rua Aparecido Bissoli. Equipe da PM (Polícia Militar) chegou a ser acionadas, mas a vítima já havia sido levada até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento ) Santa Mônica por outros dois rapazes.

Conforme o registro policial, Heber foi atingido por ao menos 14 tiros e os amigos dele disseram que não estavam no local no momento dos disparos, mas que desconfiavam que o autor seria um rapaz conhecido como Formigão.

Equipes da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Centro, GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da Perícia Técnica estiveram no local do crime e recolheram estojos de munições deflagradas e projéteis. Também foi apreendido o celular de Heber. O caso foi registrado como homicídio qualificado.

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