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Cidades

Carretas são flagradas quando driblavam fiscalização

Redação | 14/07/2009 17:50

Policiais rodoviários federais flagraram ontem dez carretas carregadas de cana-de-açúcar no momento em que os motoristas tentavam escapar da fiscalização por uma estrada "cabriteira", na região de Rio Brilhante, município distante 160 quilômetros de Campo Grande.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o MPE (Ministério Público Estadual) solicitou operação na BR-267, altura do quilômetro 307, devido a denúncias de que o local era usado como um desvio.

A PRF explica que se trata de uma estrada que não existe em qualquer mapa. Motoristas que optam por trafegar pelo local percorrem 40 quilômetros a mais do que se fossem passar pela BR-267.

Donos de propriedades rurais da região denunciaram o caso porque temiam que contrabandistas e até traficantes utilizassem a estrada.

O MPE foi acionado e solicitou apoio da PRF, que às 17 horas de ontem fechou o cerco no local. Somente nas seis horas em que manteve a ação, a PRF reteve os dez veículos, cada um com 45 toneladas de cana-de-açúcar.

Quando a PRF deixava o local com as dez carretas, o delegado da Polícia Civil da cidade, Elias Pereira Soares, se comprometeu a apresentar todos os documentos referentes às carretas. Desta maneira, os veículos foram liberados.

Segundo a PRF, a alegação era de que seria um transtorno voltar as carretas para a rodovia. A PRF esclarece que deixou os motoristas seguirem viagem porque o delegado firmou o acordo.

Já o delegado afirma que se trata de carretas bi-trem, que não podem nem andar em ré, portanto, mandar que todos voltassem poderia causar tumultos. Ele assegura ainda que o responsável pela usina já havia entrado em contato com a delegacia e garantido que apresentaria a documentação necessária.

Soares revela que no fim de junho o MPE formalizou pedido para que a Polícia Civil investigasse se o local era usado para desviar da balança ou para o tráfico de drogas. No decorrer da investigação, a Polícia Civil também recebeu denúncia de que o local era usado para ações criminosas e ontem o Dnit (Departamento Nacional Infra-estrutura de Transportes) fechou a estrada.

Ele destaca que os motoristas tinham informado a dificuldade de voltar à BR e, como o responsável pela usina se comprometeu a apresentar os documentos, decidiu intervir no caso. "E também quem tem que pesar é o Dnit", pontua Soares.

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