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Cidades

Carro é levado 4 vezes por ladrões, em apenas 5 meses

Redação | 12/03/2009 17:21

O estudante de administração Henrique Tezani, de 21 anos, teve o mesmo carro furtado por quatro vezes em apenas cinco meses. Ele lembra que o primeiro furto ocorreu em outubro do ano passado. Desde então, o gol branco já foi levado da frente de sua residência outras três vezes, mesmo com vários procedimentos de segurança adotados por ele. O último caso foi ontem à tarde.

Todas as vezes que o veículo foi furtado, a Polícia conseguiu recuperar. Mesmo assim, o rapaz calcula seu prejuízo, somando os danos causados no carro e os objetos levados de dentro do veículo, algo em torno de R$ 5 mil. O carro já foi, inclusive, utilizado pelos ladrões em assaltos. Em uma das vezes, a ação na Capital foi realizada por cinco homens armados, usando o gol de Henrique.

Na última vez em que o carro foi levado pelos bandidos, o rapaz só se deu conta quando a Polícia já havia recuperado o veículo. "O policial ligou e perguntou: cadê o seu carro? Eu respondi que estava lá na frente, e ele disse: não está não. Roubaram e nós já recuperamos", conta o rapaz.

Para o jovem, a história é tão absurda que já virou motivo de piada. "Nem tenho mais vontade de lavar o carro, porque lavo aí vem o meu 'sócio' e leva", brinca. Na casa onde ele mora há quinze anos, não há lugar para guardar o veículo. Por isso, o carro passa a noite na rua.

Lamento - Mas, o proprietário não se conforma com o fato de que vários outros veículos passam a noite no local, mas somente o dele costuma ser escolhido pelos ladrões. "Eles podiam ter consideração e ir roubar outra pessoa", diz.

A vítima acredita que o autor dos furtos seja a mesma pessoa, pelo menos nas últimas três vezes. "O homem é pequenininho que eu sei, porque toda vez que eu pego o carro de volta, o banco está lá na frente", conta.

O rapaz confessa que tem receio de que a Polícia deixe de acreditar nos furtos, pela quantidade de vezes em que ele já teve que registrar boletim de ocorrência e por se tratar de uma história tão inusitada. "Tenho medo de que eles pensem que eu é que estou fazendo isso", diz.

Segurança - Apesar da brincadeira sobre a história, o jovem afirma que não sabe mais o que fazer para evitar o problema. "Vou fazer o quê, vou colocar no meu quarto junto comigo?" desabafa.

Ele conta que já adotou todos os procedimentos de segurança que poderia. Mas, nem as travas nas portas, a trava especial do volante e a retirada de um pino do motor, impede a ação dos ladrões. Após o roubo de ontem, ele diz que o pai deu a ele uma corrente para reforçar a segurança.

Questionado se considera os furtos questão de segurança pública, o jovem afirma que não é um problema das autoridades e ainda elogia a ação da Polícia, que sempre recupera o veículo. "Não tem como ter uma polícia em cada rua de Campo Grande", ressalta.

Henrique diz que a história já virou 'paranóia', e além de todas as medidas de segurança o pai ainda acorda todas as madrugadas para ver se o veiculo está em frente à residência.

Apesar do transtorno, o rapaz diz que não pretende se desfazer do carro por conta dos furtos. O gol tem até apelido e, apesar de não ser tratado com regalias pelo dono que tem medo de ser roubado, ele já é conhecido da roda de amigos de Henrique. "O apelido veio porque o gol do meu amigo é verde, e é bala de menta. O meu ficou bala de coco e pegou mesmo. Todos os amigos já conhecem", conta orgulhoso.

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