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Cidades

Comerciantes questionam intervenção na Júlio de Castilho

Redação | 25/05/2009 07:37

A notícia de que a Prefeitura de Campo Grande fará uma intervenção complexa em 6,8 quilometros da Avenida Júlio de Castilhos gerou alvoroço e trouxe à tona opiniões divergentes entre os comerciantes da região. Mas, o que é comum em todos eles é o interesse por detalhes do projeto.

Apesar de o prefeito Nelsinho Trad ter anunciado que irá conversar com os empresários e moradores da avenida, 'quadra por quadra', alguns deles temem pela possibilidade de desapropriação dos estabelecimentos situados próximos à via.

Em um desses prédios funciona a livraria do comerciante Juarez Rubaldo, de 43 anos, há 13 anos no local. Como há menos de um metro de calçada em frente ao estabelecimento, se houver desapropriação para alargamento da avenida, por exemplo, o prédio já não poderá mais atender as necessidades de Juarez, especula.

"Não vou mais poder ficar aqui. E isso vai me trazer alguns transtornos", reclama o comerciante.

Ele explica que o prédio da livraria é alugado. Se ocorrer a desapropriação, ele terá de se mudar para sede própria, que fez também na avenida. A nova construção, garante, já foi feita com cerca de sete metros de recuo da via.

Mas, além da mudança, o receio do comerciante é que sejam instalados canteiros centrais na Júlio de Castilho. "Fizeram isso na Zahran e o comércio lá praticamente acabou", explica, lembrando do canteiro alto criado na avenida, que dificulta até a travessia de pedestres.

Essa também é a preocupação de Elga Fernandes, de 33 anos, proprietária de uma loja de móveis na Júlio de Castilhos há 10 anos. "Eles vão colocar aquele canteiro central e as pessoas vão desistir de vir à loja se tiverem que fazer a conversão lá na frente", afirma.

Para ela, a revitalização deve ser feita sim. Mas, apenas com reforço na sinalização da via, com quebra-molas e semáforos.

Com início previsto para 2010 com recursos do BID (Bando Interamericano de Desenvolvimento), a revitalização da avenida prevê a padronização das calçadas, implantação de ciclovia e revisão dos pontos de embarque e desembarque de transporte coletivo.

Para melhor - Para Juarez Soares, de 53 anos, a revitalização é necessária para diminuir o número de acidentes. Dono de um ferro-velho na avenida há 12 anos, ele conta que o problema já é rotina no local. "

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