CRM/MS julga até maio médico acusado de morte após lipo
O CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) julgará este mês ou em maio o médico Alexsandro de Souza, acusado de ser o responsável pela morte da paciente Cristiane Medina Dantas, 24 anos, ocorrida após lipoaspiração.
De acordo com o assessor jurídico da entidade, André Borges, a sindicância em trâmite pelo Conselho está concluída e só depende da pauta para entrar em julgamento, na reunião plenária deste mês, que será na próxima sexta-feira, ou em maio. O advogado explica que as reuniões são realizadas sempre na terceira sexta-feira do mês.
O resultado da investigação é submetido ao julgamento de 44 conselheiros, que decidirão se pode ser instaurado processo disciplinar contra Alexsandro.
André Borges ressalta que, caso seja aberto o procedimento, o médico pode ser absolvido ou condenado.
A condenação vai desde a advertência até a cassação do diploma, para situações graves, como a morte de um paciente.
O processo pode levar até dois anos para ser concluído, segundo o advogado. Ele destaca que a questão envolve "técnicas complexas".
O advogado explica que o médico pode atuar em qualquer especialidade médica, no entanto, configura-se falha ética quando faz propaganda para uma especialidade que não tem.
Alexsandro Souza é cirurgião, porém, não é especialista em cirurgia plástica.
No entanto, desde 2007 ele faz cirurgias plásticas. A estimativa é que pelo menos 100 pessoas tenham sido operadas pelo profissional. Ele atuava em Fátima do Sul, Naviraí, Juti e Dourados.
Cristiane não resistiu à lipoaspiração feita pelo médico em junho de 2008. Ela morreu uma semana depois da cirurgia feita em Fátima do Sul.
Cinco mulheres já acionaram a Associação das Vítimas de Erro Médico contra o médico.
