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Cidades

Delegados e peritos da Polícia Federal fazem greve de um dia

Paula Vitorino | 15/08/2012 12:16
Delegados e peritos paralisaram as atividades hoje. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Delegados e peritos paralisaram as atividades hoje. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Delegados e peritos da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul paralisaram as atividades por 24h nesta quarta-feira (15) como primeira ação regional da mobilização nacional da classe por reajuste salarial e investimentos no setor.

Só em Campo Grande são 20 peritos e 20 delegados que pararam os serviços. Um número simbólico de profissionais continua trabalhando para atender o que determina a legislação.

Entre hoje e amanhã os profissionais realizam reuniões a nível nacional para decidir se aderem à greve, como já acontece com os policiais federais, ou optam por mais três dias de paralisações até o fim do mês.

Até o momento a categoria afirma que não obteve contraproposta do Governo Federal para as reivindicações. “Não podemos nem dizer que existe negociação porque o Governo nunca apresentou uma contraproposta, apenas recebeu as nossas reivindicações”, diz o diretor regional da associação dos peritos de MS, Luiz Spricigo Junior.

As duas categorias de profissionais pedem a reposição salarial, que desde 2007 está congelada, e a estimativa é de que o reajuste seja em torno de 30%. O salário base para os dois profissionais é de R$ 13 mil.

Outra reivindicação é sobre o corte de recursos para o trabalho dos profissionais e incentivos para os que trabalham na área de fronteira.

Segundo o vice-diretor regional da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Rubens Alexandre de França, o recurso da Polícia Federal neste ano sofreu corte de 20%, cerca de R$ 280 milhões, em relação ao ano passado.

“A previsão é de que no próximo ano o corte seja de 25%. Está faltando viaturas e equipamentos para o trabalho diário, que na nossa região de fronteira é intenso. Temos apreensões todos os dias, mas faltam recursos”, diz.

O delegado ainda frisa que faltam incentivos para os profissionais continuarem trabalhando na área de fronteira e, por isso, o efetivo está diminuindo a cada ano.

“Eles não recebem nenhum incentivo para trabalhar na área de fronteira e por isso preferem ir para outras áreas onde o trabalho não é tão intenso e o salário é o mesmo”, explica.

Com isso, o investimento no treinamento desses profissionais acaba sendo desperdiçado com a saída deles.

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