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Cidades

Detalhado e moderno, saneamento da Capital é referência

Redação | 23/08/2010 22:59

Quando o assunto é saneamento, Campo Grande desponta como referência entre as capitais brasileiras por apresentar processo moderno de tratamento de água e esgoto. A água potável chega hoje à residência de 99,9 % da população, enquanto o esgoto atinge 61%.

Segundo José João da Fonseca, diretor executivo da Águas Guariroba, concessionária que detém o comando do saneamento em Campo Grande, o sistema de tratamento da água é composto por duas captações superficiais (rios Guariroba e Lageado, que abastecem respectivamente 50% e 15% da Capital) e cerca de 120 poços subterrâneos (35%).

Os poços são auxiliados por 12 superpoços que captam água do Aquífero Guarani, a aproximadamente 700 metros de profundidade do solo. Os abastecimentos superficiais e subterrâneos conferem água potável à população campo-grandense, cumprindo exatamente o que determina a portaria 518/2004 do Ministério da Saúde, que estabelece os padrões de qualidade da água para o consumo humano.

Só a estação Guariroba disponibiliza 40 milhões de litros de água por mês aos consumidores, enquanto a do Lageado libera 25 milhões. Em termos de consumo, Campo Grande consome em média 200 milhões de litros por dia, disponibilizados nos mais de 100 reservatórios espalhados pela cidade.

Detentora de um dos laboratórios mais modernos do país, a Águas Guariroba realiza o tratamento da água superficial de forma convencional, com a utilização de floculante, que, decantado e sedimentado passa pelos filtros, acarretando na correção do nível de acidez e desinfecção, garantida com cal hidratada, flúor e hipoclorito de sódio (usado como alvejante e desinfetante). Já os poços recebem praticamente flúor, sendo a desinfecção também feita com hipoclorito.

Campo Grande tem uma região muito arenosa e por esse motivo constantemente sofre intervenções de fossas construídas de forma clandestina, que acabam infiltrando e podem contaminar o Aquífero Guarani.

Por isso é que as pessoas que mantém poços devem tomar cuidado, pois, mesmo tratando a água com cloro ela pode estar contaminada com nitrato, que é um componente do esgoto, proveniente de fossas clandestinas, e grande causador de câncer no estômago.

Responsável pelo atendimento universal da água há cerca de dez anos em Campo Grande, a Águas Guariroba possui 3,5 mil quilômetros de rede de distribuição. O sistema de automação da concessionária é o mais detalhado que existe no Brasil, sendo totalmente integrado e monitorando a captação, tratamento, reservação e distribuição.

Até dois anos atrás não havia sistema de contingenciamento na distribuição de água, o que resultava problemas como falta de abastecimento por até 15 dias, decorrente de um rompimento na bomba ou outro problema nos superpoços. "Uma região de 15 a 25 mil habitantes costumava ficar sem abastecimento. Hoje não existe mais esse problema, afinal, todo o sistema é interligado", relata José João.

Nas duas estações de tratamento de água o processo de lavagem dos seis filtros é feito pelo menos uma vez por dia. Em cada lavagem são usados 400 mil litros de água, onde são gastos 2 milhões e 450 mil litros diários d'água.

Para isso existe um tanque de reutilização nas duas estações. Esse processo delimita mais água para a população, além de proporcionar a economia de produtos químicos e redução do consumo de energia.

A disponibilização de tanques de contingenciamento em todos os laboratórios da Águas também serve para receber a água ou até mesmo o produto químico que, porventura, vazar. Isso garante a conservação ambiental, que é uma das vertentes defendidas pela empresa, já que todo o processo não agride a natureza.

Esgoto

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