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Cidades

Dono de escola dos diplomas falsos se apresenta amanhã

Redação | 01/06/2010 16:08

O proprietário da escola Paulistec, que emitia certificados de conclusão do ensino médio e de cursos técnicos falsos em Campo Grande deve comparecer amanhã à Decon (Delegacia de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo). O advogado de Mauro de Napoli apresentou no início da tarde de hoje uma petição informando sobre a apresentação do proprietário para prestar depoimento.

Todos os policiais da Decon passaram a tarde de hoje recebendo denúncia de ex-alunos e apurando as informações. A princípio, a delegacia vai tratar o caso de maneira geral, pois o registro foi de crime contra a coletividade.

Segundo o titular da Decon, delegado Adriano Garcia Geraldo, todos os diplomas emitidos pela Paulistec são inválidos.

A maioria das vítimas preferiu não conversar com a reportagem, pois, além de se sentir lesada, há ainda a vergonha de ter um diploma emitido por uma empresa clandestina. De acordo com o delegado Adriano os casos serão investigados para apurar se houve má-fé por parte dos alunos.

"A publicidade da empresa, que pregava a emissão de certificado em 60 dias, induzia o consumidor ao erro", disse Adriano. Em alguns casos, o aluno pagava um valor extra para dar agilidade na emissão do diploma.

Como aconteceu com a ex-aluna Lúcia. Quando foi até a Paulistec, a jovem pagou R$ 480,00 à vista para concluir o 2° e 3° ano do ensino médio e precisava do documento até o dia 7 de junho, pois já havia se matriculado no curso de Técnico em Transações Imobiliárias.

Além do valor à vista, Lúcia desembolsou mais R$ 100,00 para ter o certificado antes de 60 dias. "Não desconfiei do prazo porque existem muitos cursos à distância. A gente recebia a apostila, estudava em casa e ia à escola só para fazer a prova", explica a estudante.

A jovem disse ainda que a diretora da instituição onde está matriculada para o curso de técnico em transações imobiliárias vai esperar até que ela conclua o EJA (Educação de Jovens e Adultos), que emite legalmente a conclusão do ensino médio. Lúcia pagou R$ 120,00 na matrícula do EJA e pretende frequentar os dois cursos ao mesmo tempo.

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