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Cidades

Empresário luta há quase um ano para "pegar" caminhão obtido em leilão

Graziela Rezende | 24/07/2013 16:14
Empresário mostra 1ª compra do leilão. Foto: Marcos Ermínio
Empresário mostra 1ª compra do leilão. Foto: Marcos Ermínio

Um investimento de R$ 34 mil, que está "sucateando" a cada dia. É o que pensa o empresário Nairton Joaquim da Silva, 49 anos, após realizar a compra de um caminhão Mercedes Bens, em um leilão da prefeitura, realizado no dia 15 de agosto de 2012. Assim que legalizado e com a vistoria em dia, a vítima voltou ao Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), para pegar o documento. E lá foi informado que o veículo ficaria retido e dificilmente seria liberado.

“Eu comprei por R$ 16 mil, fiz a reforma, colocando pintura e carroceria novas, no valor de R$ 10 mil, além de adquirir um munck (movimentação de cargas), que paguei mais R$ 8 mil. A intenção era acoplar no caminhão e já começar a trabalhar, porque garanti inúmeras encomendas na área da rede de esgoto e até agora só tive prejuízo”, diz indignado, o empresário.

Desde o dia em que o caminhão ficou retido no Detran/MS, Nairton possui uma rotina que inclui inúmeras ligações pedindo providências. “Eles simplesmente informaram que igual ao meu veículo, existiam outros dois com a mesma numeração de chassi. E me orientaram a falar com o Major César, do Cead (Conselho Estadual Anti-Drogas), que todos os dias promete me retornar a ligação”, comenta o empresário.

Até o momento, o que ele sabe é que o destino do caminhão foi à Defurv (Delegacia Especializada de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos). “Tenho medo de o caminhão virar uma sucata, principalmente porque hoje completa três meses que ele está lá, a céu aberto. E preciso muito dele para rodar, comprei na boa fé”, lamenta o empresário.

Equipamento fica jogado no pátio. Foto: Marcos Ermínio
Equipamento fica jogado no pátio. Foto: Marcos Ermínio
Gol foi adquirido em leilão junto com caminhão. Foto: Marcos Ermínio
Gol foi adquirido em leilão junto com caminhão. Foto: Marcos Ermínio

Da mesma maneira, ele havia participado de outros três leilões. No ano 2002, por exemplo, adquiriu uma F-1000 para a sua empresa Tratormaq, além de outros veículos, bem como um Gol branco, placa GTX 4208. “Este veículo, com placas de Belo Horizonte – MG, deixo aí encostado, porque tenho medo de acontecer a mesma coisa que ocorreu com o caminhão. Do que adianta eu reformar, investir e depois eles não me devolverem?”, questiona a vítima.

Segundo a assessoria de comunicação do Detran/MS, mesmo que o comprador tenha adquirido o caminhão em um leilão e esteja aguardando a transferência, ele é enviado para a Defurv quando o vistoriador constata qualquer suspeita de fraude. E de lá ele é novamente vistoriado no IC (Instituto de Criminalística), sendo orientado a cobrar deste órgão um relatório sobre o seu veículo.

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