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Cidades

Família de Rogerinho tem encontro tenso com jornalista

Redação | 09/04/2010 16:45

O jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, de 60 anos, que matou o menino Rogério Mendonça, de 2 anos, em novembro do ano passado, durante uma briga no trânsito com o tio do garoto, Aldemir Pedra, não acompanhou a audiência para ouvir testemunhas do processo por homicídio contra ele, nesta tarde. Mas isso não impediu que tivesse um breve e tenso encontro com familiares do menino.

Agnaldo chegou a ficar em meio a um grupo de 15 pessoas, familiares de Rogerinho e amigos, vestidos com uma camiseta com a foto do garoto. Logo na sequência, foi levado embora pelo advogado de defesa, Valdir Custódio da Silva, que pediu a dispensa do réu ao juiz Carlos Alberto Garcete.

A mãe de Rogerinho, Ariana Mendonça Pedra da Silva, que prestou depoimento hoje, encarou a atitude do jornalista como uma provocação. Para ela, foi uma tentativa de causar reações na família e, a partir disso, conseguir uma anulação da audiência.

Situação corriqueira - O advogado de Agnaldo disse que o encontro entre seu cliente e os familiares de Rogerinho foi uma situação normal, que ocorre frequentemente no fórum, pois as partes chegam juntas para entrar nas salas onde ocorrem as audiências. "Ele nem conhece as pessoas", afirmou.

O defensor de Agnaldo disse que pediu a dispensa de seu cliente para evitar situações constrangedoras. "A dor existe para os dois lados", observou.

Ao comentar o fato de que a morte do menino foi durante uma briga banal de trânsito envolvendo o tio do garoto, o advogado considerou que a responsabilidade pelo que ocorreu não está apenas no homem que disparou contra o menino.

Para ele, o tio - que segundo Agnaldo chegou a persegui-lo e a fechá-lo no trânsito - também deveria ser responsabilizado."Nós não estamos em um país de primeiro mundo. Se estivéssemos, o tio também figuraria como co-responsável por isso que aconteceu", concluiu.

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