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Cidades

Filho de policial assume tráfico de cocaína e isenta a mãe, diz advogado

Fernanda Mathias | 09/05/2016 11:03
Cocaína estava em fundo falso de veículo (Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação)
Cocaína estava em fundo falso de veículo (Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação)

O advogado Marcos Ivan, que defende a policial presa em flagrante no último sábado no interior paulista, dentro de um carro carregado com 180 quilos de pasta base de cocaína, diz que o filho da policial, de 26 anos, que conduzia o veículo e assumiu que foi contratado para transportar a droga de Campo Grande até São Paulo. Ele receberia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil pelo tráfico.

“Ela não tinha conhecimento de que havia droga no carro do filho, ele a convidou para comprar bolsas, semi-joias, porque ele trabalha com venda de roupas, calçados e bijuterias, e recém-casado e convidou a mãe para vir junto”, diz. O nome da policial é mantido em sigilo e não foi informado pela Polícia Rodoviária Federal.

Segundo o advogado, que irá defender mãe e filho, o rapaz contou que o carro foi preparado em Campo Grande, a droga foi acondicionada em um fundo falso do carro, uma Renault Duster. O veículo teria sido transferido para o nome do filho da policial exclusivamente com a finalidade do tráfico. “Não era dele”.


O flagrante foi feito em Jaú (SP) e o advogado está no interior paulista, aguardando contato com a Promotoria de Justiça. “Ela corre risco de vida por ser policial. É uma falta de respeito à integridade física dela, que é réu primária, porque não existe trânsito julgado em desfavor dela”.

A defesa vai buscar agora a revogação do mandado de prisão da policial para que ela responda em liberdade. Sobre o filho, não haverá pedido de revogação da prisão. “Entendemos que não é momento de buscar revogação porque não queremos tumultuar o processo e queremos que se esclareça o caso”, diz o advogado. Ivan informa, ainda, que trata-se de réu primário, sem antecedentes: “Ele foi aliciado como qualquer criança”.

Sobre o processo de descaminho de anabolizantes, cujo flagrante foi em janeiro de 2015, em Ponta Porã, o advogado justifica que a policial foi envolvida na ocorrência pelo ex-marido e também não tinha conhecimento do crime.

Flagrante – O flagrante de tráfico foi feito no último sábado (07) por policias do TOR (Tático Ostensivo Rodoviário), no quilômetro 212 da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), a Bauru-Jaú. A droga, avaliada em R$ 3 milhões, estava em uma Renault Duster com placas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A polícia informou que a mulher conduzia o veículo e quando foi parada se mostrou nervosa, alegou que estava indo para Americana, no interior paulista, para comprar roupas, se identificou como policial rodoviária federal, tentando evitar a batida policial.

Interrogada, contou que a droga estava sendo transportada desde a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade brasileira Ponta Porã (MS). Mãe e filho foram levados para as cadeias de Avaí e Pirajuí, respectivamente. Segundo a PRF, a remoção para Campo Grande só ocorrerá se ela solicitar.

Na esfera administrativa, a PRF abriu procedimento que pode culminar na expulsão da policial, caso comprovada a culpa.

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