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Cidades

Funcionários são liberados, mas vão responder por três tipos de crimes

Graziela Rezende | 03/09/2013 08:07

A Polícia Civil liberou os quatro homens presos durante a confusão ocorrida no Frigorífico Beef Nobre, no Jardim Carioca, em Campo Grande. Eles foram indiciados por dano, desobediência e exposição ao perigo a vida de outrem, por terem jogado pedras contra os policiais militares e "free lancers" levados por um assistente do frigorífico.

Na delegacia, os funcionários Fabiano Pereira Alves e Cristiano Rodrigues Duarte, Alexandre Costa, vice-presidente da Cassems e presidente do Sintss (Sindicato da Seguridade Social), e Ricardo Bueno, presidente do Conselho Estadual de Saúde e representantes da CUT, assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e vão responder ao processo em liberdade. Ontem (2), na ocasião da prisão, as pessoas, que estavam no local, falaram em “abuso policial”.

A categoria chegou a dizer que houve o início de uma negociação salarial, que caminhava para um acordo, mas que foi interrompida com a chegada da Polícia. Centenas de trabalhadores iniciaram a paralisação por melhorias salariais e folga semanal aos sábados, algo que a empresa sempre promete e não cumpre, de acordo com os protestantes.

Agressões - Um assessor da CUT e presente no local das negociações relatou que houve agressões e abuso por parte dos policiais militares. “O Alexandre estava filmando a ação, mas ele levou um tapa de um policial, o celular chegou a cair no chão”, afirmou ele, que preferiu não se identificar.

Bueno também teria sido agredido no momento em que era colocado no camburão da PM. O óculos dele, inclusive, teria sido quebrado.

Negociação - Com faixas, som e dizeres, centenas de funcionários do Frigorífico Beef Nobre paralisaram as atividades desde a madrugada de segunda-feira (2). Eles reivindicam melhorias salariais e não aceitaram a proposta oferecida pela empresa.

Balas de borracha também foram disparadas na direção dos cerca de 200 funcionários da empresa.

Os trabalhadores pedem um aumento salarial de 9%, além do valor do vale refeição que subiria de R$ 60 para R$ 100, participação dos lucros da empresa de R$ 430 para R$ 700 e folga aos sábados, já que eles folgam somente uma vez ao mês, sendo o único frigorífico da Capital que trabalha dessa maneira.

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