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Cidades

Garotas negam exploração e afirmam que festa era normal

Redação | 23/08/2010 07:50

Flagradas na casa onde a PM (Polícia Militar) constatou crime de exploração sexual de adolescentes, as garotas negam a prática e contam que se tratava de uma festa normal.

Ontem, por volta das 21h30, a polícia desconfiou do movimento anormal de garotas em frente a uma casa na rua Edcel Nogueira Vieira, no bairro Rouxinóis, em Campo Grande. No local, uma adolescente de 17 anos e um homem de 23 anos foram flagrados durante ato sexual.

Nesta segunda-feira, no Cepol (Centro Especializado de Polícias), as garotas se aproximaram da reportagem do Campo Grande News durante a entrevista da mãe da adolescente de 17 anos.

Uma menina de 15 anos se limitou a dizer que não era crime. "Tinha bebida, mas não era obrigado a fazer nada", conta a garota de 17 anos.

Uma garota que se identificou como tendo 18 anos, apesar de só menores de idade terem sido levadas à delegacia, definiu a situação encontrada pela polícia como uma "festa normal".

"Em vez de ajudar, elas ficam caladas", reclamou a mãe da adolescente de 17 anos, flagrada com o homem de 23 anos. Ela conta que não sabia que o local era para prostituição, mas que já havia ouvido comentários.

"Os vizinhos comentavam que era casa de prostituição". A mulher afirmou que Robson Ferreira dos Santos, flagrado com a adolescente de 17 anos, tratava-se do namorado da filha. Contudo, ele dizia que seu nome era Richard. Era o segundo domingo que a garota ia até a casa, chamado pelas adolescentes de "Casa da Tia Célia".

Dona da residência, Célia Maria de Jesus Santos, de 48 anos, negou os crimes de favorecimento à prostituição e exploração sexual. Ela justificou que realiza uma festa no local aos domingos, uma "balada" para adolescentes. Na casa, havia sete garotas, com idade a partir de 15 anos.

Na residência, foi encontrado um "catálogo", com fotos de mulheres e adolescentes, tanto garotos quanto garotas. Em algumas fotos, as pessoas faziam poses sensuais.

Foram apreendidos 140 álbuns com fotos, 40 preservativos, bebidas alcoólicas, anticoncepcionais e 12 revistas pornográficas. Célia e Robson foram presos com base no artigo 218 do Código Penal, que prevê pena de 4 a 10 anos por favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável.

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