Homem que matou o pai é condenado a 17 anos de prisão
Jari Rodrigues de Andrade, 33 anos, foi condenado hoje a 17 anos de prisão pelo assassinato do pai, Benedito Raimundo de Andrade, em 23 de janeiro deste ano, na Bolívia. Benedito foi assassinado com pelo menos oito tiros por motivo torpe e a vítima não conseguiu se defender.
Jari confessou que descarregou no pai um revólver calibre 38, após uma discussão sobre dinheiro e terrenos. A setença, assinada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, presidente da sessão do Tribunal do Júri, realizado hoje em Campo Grande, reforça a crueldade do crime.
"No que pertine a culpabilidade, verifico que é altamente reprovável, devendo-se levar em conta, neste passo, que o sentenciado desferiu oito ou nove tiros de revólver no pai, atingindo o rosto e pescoço do mesmo, conforme exame pericial acostado aos autos. Por esses fatores, constata o dolo intenso, representando o inequívoco propósito de assasiná-lo, conjuntura essa que deve ser considerada para fins de exasperação da pena".
Jari tem antecedentes criminais por tráfico de entorpecentes, porte ilegal de arma de fogo e outro homicídio. Na ocasião em que foi preso, foram apreendidos um revólver, munições diversas e um punhal. Entretanto, as armas apreendidas não tinham relação com o assassinato de Benedito.
O crime ocorreu em território boliviano e Jari foi preso após escutas telefônicas. Para o juiz, "o comportamento do acusado após o crime contra o pai é censurável, pois permaneceu oculta a autoria, a qual só foi possível ser identificada graças à escuta telefônica autorizada pela justiça, ainda que a finalidade era descobrir o possível envolvimento do acusado com o tráfico de drogas".
