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Cidades

Inmetro identifica falhas no serviço de banda larga

Ana Paula Carvalho | 24/06/2011 21:19

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) em parceria com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o GGI.br (Comitê Gestor da Internet) analisaram a qualidade dos serviços de banda larga. Foram identificadas irregularidades com a entrega dos serviços contratados e com as clausulas contratuais.

Entre as irregularidades estão, queda na conexão, velocidade abaixo do que foi contratada, disponibilidade do serviço e problemas nas clausulas contratuais.

Foram avaliadas serviços oferecidos pela Net, Oi e GVT.

Para realizar a análise, o Inmetro instalou, por dois meses, na casa de consumidores voluntários um aparelho desenvolvido pelo CGI.br que avaliava a conexão.

No quesito velocidade todos os fornecedores foram aprovados. O critério estabelecia uma variação média de 60%. As empresas também tiveram desempenho satisfatório nos quesitos latência (que corresponde ao tempo de resposta da conexão a um comando do usuário) e aviso de endereços inexistentes sem redirecionamento para propaganda.

Já na questão disponibilidade do serviço, ou seja, o período em que o consumidor efetivamente consegue acessar a internet, as operadoras GVT e Net apresentaram falhas.

O tempo de tolerância para que os provedores fiquem fora do ar é de sete horas no mês, essas operadoras prestaram menos que 99% do serviço contratado e pago pelo consumidor. Segundo o Inmetro, quem tiver esse problema, pode solicitar à prestadora do serviço o abatimento do valor proporcional na conta.

As empresas também apresentaram problemas no quesito perda de dados durante a conexão, o que gera lentidão, interrupção de downloads e uploads, imagens congeladas e ruídos de comunicação durante videoconferências.

Mato Grosso do Sul- A professora de educação física, Elis Regina Soares, 28 anos, sabe bem o que é ter “dor de cabeça” com banda larga. Há aproximadamente duas semanas, ela cancelou o serviço com a OI, por conta de problemas com os serviços contratados. “A internet caia sempre. Fiquei um tempo sem poder usar porque eles falavam que estava tudo ok, mas a gente não conseguia conectar”, diz.

A fatura foi outro fator que fez com que a professora decidisse abrir mão do serviço. Quando ela contratou a banda larga, há aproximadamente um ano, pagava R$59,00. Ela passou a pagar R$160,00. Quanto ao contrato, ela não recebeu. “Só me passaram o valor, mas não me entregaram nenhum contrato.

Elis ligou para a operadora e conseguiu cancelar a linha telefônica, mas o cancelamento do provedor da internet não aconteceu, “porque eles disseram que primeiro ela precisa pagar a conta que ainda vai chegar”. Ou seja, ela vai pagar o serviço sem utilizar.

“Assim que a conta chegar, eu vou pagar para tentar cancelar o provedor. Se eu tiver algum problema, vou procurar o Proncon”, relata.

Já a professora de inglês, Stela Andrade Cunha, 22 anos, não “pode reclamar do serviço que paga”. Há aproximadamente seis meses, ela contratou um Net Combo (telefone + internet + telefone) e, desde então, não teve nenhum problema com a banda larga.

Por mês, ela paga R$ 130,00 pelo serviço prestado pela operadora, que segundo ela, é cumprido. “A internet é rápida e eu recebo o sinal de um mega. Com a Oi eu recebia um sinal menor do que eu pagava”, afirma.

Quanto à disponibilidade do serviço, Stela afirma que o sinal nunca fica fora do ar. Ao contrário de Elis, ela recebeu o contrato da prestadora de serviço, e sabe bem em que esta gastando o dinheiro. “Eles deixaram a proposta, eu analisei por um tempo e resolvi aderir”, relata.

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