Apesar de alegar “branco”, polícia aponta que motorista assumiu risco de matar
Ângelo matou atual da ex-mulher atropelado e feriu bebê de 2 meses, que continua em estado grave na Santa Casa
Após motorista alegar que deu “branco”, a Polícia Civil concluiu que Ângelo Maria Félix, de 51 anos, assumiu o risco de matar quando entrou no carro e atropelou Wagner da Silva de Assis, 30 anos. A batida causou a morte da vítima e deixou uma bebê de 2 meses ferida, filha de Wagner.
“Pra Polícia Civil já está fechada a convicção, por causa da proximidade do atropelamento com as vítimas”, disse o delegado Gabriel Cardoso, responsável pelas investigações do caso.
O inquérito foi concluído em dez dias, mas ainda faltam alguns laudos periciais que devem ser enviados ao juízo.
“Caso o promotor entenda necessário, será realizada a reprodução simulada dos fatos para constatar que o motorista tinha condições de visibilidade da via, do carrinho etc”, explicou o delegado.
Ainda conforme informações do delegado, o que pode ser questionado em juízo é se Ângelo também queria atropelar a ex- mulher que estava na calçada.
“Entendemos que sim, nem que seja pelo dolo eventual (não queria, mas assumiu o risco). Caso não se convençam, indicamos a possibilidade da reconstituição dos fatos”, destacou.
Caso - O crime aconteceu no dia 13 deste mês, em Rio Verde de Mato Grosso, 207 quilômetros de Campo Grande. O autor não aceitava o fim do relacionamento com a ex-companheira.
No dia, ao ver a ex-mulher empurrando o carrinho com a bebê ao lado do atual marido, o autor jogou o carro para cima dos três, provocando o atropelamento e morte da vítima.
O carro também atingiu a criança que foi socorrida e levada em estado grave para a Santa Casa da Capital, onde deu entrada com politrauma. Desde então, ela continua internada na enfermaria pediátrica do hospital recebendo tratamento médico. Ângelo foi preso dias depois de cometer o atropelamento, após comparecer na delegacia da cidade acompanhado do advogado.