ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 31º

Interior

Caciques de aldeia dizem que retirada de madeira foi autorizada

Viviane Oliveira | 27/10/2011 13:10

Os caciques das aldeias Cabeceira e Brejão localizadas na cidade de Nioaque disseram que a retirada de madeiras da espécie aroeira foi autorizada por eles.

O cacique da aldeia Cabeceira, Plácido Souza Bueno, 57 anos, informou que existe na aldeia um projeto de reflorestamento ambiental."Não existe extração ilegal de árvores em nossa área".

Representante da aldeia Brejão, Roque Pereira, 55 anos, afirmou que nenhuma árvore foi retirada sem autorização. “Foram utilizadas algumas madeiras, mas com o consentimento dos caciques”, destaca.

A denúncia foi feita por Alzemiro Marques Pereira ao sindicato dos trabalhadores públicos federais de Campo Grande, contra o atual administrador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Edson Fagundes, por desmatar aroeiras sem manejamento florestal.

Edson Fagundes disse ao Campo Grande News que não existe desmatamento nas aldeias. “A madeira só foi retirada com o aval dos caciques”. Conforme ele, a autorização não partiu dele.

Segundo ele já solicitou ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) um levantamento na região para o órgão verificar quantas árvores foram derrubadas.

De acordo com o Ibama, uma equipe já está na região para verificar as denúncias relacionadas ao crime ambiental. A ação é conjunta com o órgão e a Polícia Federal.

Ilegal - É proibido o corte de aroeira e outras árvores consideradas nobres sem um plano de manejo aprovado pelo órgão. Ainda conforme o Ibama caciques não tem autoridade para autorizar a retirada de árvores, mesmo que seja nas aldeias.

Conforme a PMA (Polícia Militar Ambiental), a aroeira é madeira protegida por lei e só pode ser cortada com plano de manejo aprovado pelo Ibama. Em desmatamentos autorizados, sem esse planejamento, estas espécies também não podem ser cortadas.

Nos siga no Google Notícias