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Interior

Câmara Alta expulsa senador que pregou extermínio de brasileiros

Expulsão foi aprovada nesta tarde por 23 votos; Paraguayo Cubas é acusado de uso indevido de influência do cargo

Helio de Freitas, de Dourados | 28/11/2019 16:38
Câmara Alta expulsa senador que pregou extermínio de brasileiros
Paraguayo Cubas deixa dependências do Senado após expulsão, nesta tarde (Foto: ABC Color)

O senador Paraguayo Cubas, que no início desta semana defendeu o extermínio “de uns 200 mil brasileiros” que vivem no Paraguai, foi expulso pela Câmara Alta do seu país acusado de uso indevido de influência do cargo.

Ele já respondia a várias denúncias antes de, na segunda-feira (25), agredir um policial paraguaio em Minga Porã, a 100 km da região de Mundo Novo (MS), após acusar o agente de receber propina para liberar três caminhões com madeira retirada da fazenda de um brasileiro.

Conforme a Câmara Alta, que no Paraguai é equivalente ao Senado brasileiro, o político do partido Cruzada Nacional, utilizou sua posição para cometer reiteradas condutas que não correspondem a um parlamentar federal.

Em abril deste ano, Paraguayo Cubas já tinha suspenso por dois meses por jogar água e uma banana em um colega de Parlamento durante bate boca em plenário. Ele ainda não se pronunciou sobre a decisão dos colegas.

Morte de brasileiros – “Brasileiro bandido invasor vem desmatar o país. Tem que matar aqui pelo menos uns 100 mil brasileiros. Vocês sabem quantos brasileiros têm no nosso país? Tem dois milhões. Desses, cem mil são bandidos e tem que matar”, afirmou Cubas, segunda-feira, no departamento (equivalente a estado) de Alto Paraná.

O então senador foi até o local onde três caminhões carregados de toras tinham sido apreendidos. Ele teria recebido denúncia de que os policiais iriam liberar a madeira em troca de propina, já que os troncos seriam de desmatamento ilegal. Cubas agrediu um dos policiais, a quem acusou de receber propina do fazendeiro brasileiro.

O Instituto Florestal Nacional do Paraguai investigou a origem da madeira e concluiu que as toras não foram retiradas em desmatamento ilegal. Segundo a presidente do instituto, Cristina Goralewski, a madeira é originada do plano de manejo florestal adotado pelo fazendeiro brasileiro na propriedade.

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