Com pandemia do coronavírus, UFGD forma mais 42 profissionais à distância
Cerimônias de formatura remotas na universidade de Dourados começaram em maio, com turma de medicina
Assim como ocorreu em maio deste ano com a turma de medicina, mais 42 estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) colaram grau por videoconferência. Com as atividades suspensas desde março por causa da pandemia do novo coronavírus, a universidade douradense adotou as cerimônias remotas para garantir a formatura das turmas.
Entre sexta-feira (26) e hoje (29), acadêmicos de ciências exatas e tecnologia e de ciências biológicas e ambientais se juntaram à turma de medicina como pioneiros em fazer graduação à distância na instituição. As colações foram transmitidas pelo Youtube e presididas pela reitora pro tempore da UFGD, Mirlene Damázio.
De acordo com a assessoria da universidade, são 32 acadêmicos da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, sendo 14 em de biotecnologia, seis em ciências biológicas (licenciatura), seis em ciências biológicas (bacharelado) e seis em gestão ambiental.
Da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, foram 10 acadêmicos formados – quatro de engenharia da computação e seis do curso de sistemas de informação.
Conforme a pró-reitora de Ensino de Graduação da UFGD, Selma Helena Marchiori Hashimoto, os estudantes que se formaram à distância solicitaram a colação de grau dessa forma. “Os que preferiram esperar pela cerimônia presencial, se formarão em um segundo momento, assim que retornarmos às atividades convencionais”, explicou.
Dessa vez, no entanto, não houve drive thru para assinatura das atas das cerimônias, como ocorreu com a turma de medicina, em maio. Segundo a UFGD, a maioria dos estudantes está fora da cidade.
“As atas serão assinadas no momento da retirada dos diplomas, que tem prazo de 180 dias para ser expedido”, informou Selma Hashimoto. Entretanto, quem precisar comprovar a formação pode solicitar por e-mail a declaração de colação de grau.
“Não é da forma como eu esperava. Meus pais aguardavam ansiosos por esse momento e o período de isolamento teve início apenas dois dias antes da data da colação presencial, mas percebi que não deixa de ser um momento especial”, afirmou o formando em engenharia da computação Bruno da Silva Dorneles, 23, de Três Lagoas.
A formanda em ciências biológicas Cândida Anitta Pereira Rodrigues, 22, achou estranho fazer planos para o futuro em cenário tão instável como o de agora, mas disse que não pensa em desistir da carreira acadêmica. “Diploma é o único documento que ainda falta para a minha efetivação no mestrado”. A estudante faz pesquisa na área de entomologia e desenvolve trabalho sobre formigas.
