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Interior

Defesa admite dupla identidade e pede liberdade de sucessor de "Minotauro"

Advogada alega que a intenção do cliente não era ter um documento brasileiro para usar no “SUS”, “enganar a Justiça" ou a polícia

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 10/02/2020 21:57
Ederson Salinas Benitez está preso desde o dia 19 de janeiro. (Foto: Divulgação)
Ederson Salinas Benitez está preso desde o dia 19 de janeiro. (Foto: Divulgação)

A defesa de Ederson Salinas Benitez, de 30 anos, apontado como o sucessor do narcotraficante “Minotauro”, na fronteira, entrou com um novo pedido de liberdade na Justiça. Ele está preso desde o último domingo (19) após se envolver em briga de trânsito em Ponta Porã, chegou a pagar R$ 80 mil de fiança, mas teve a soltura suspensa após o Ministério Público constatar que ele apresentou uma identidade falsa às autoridades.

No novo pedido da revogação da prisão preventiva, a advogada Paula Monezzi admite que o cliente possui dois documentos de identidade e argumenta que “em nenhum dos nomes do acusado, contém ficha criminal, qualquer passagem pela polícia ou qualquer fato que desabonasse sua conduta até o presente momento”.

No documento, a defesa também nega que a intenção do cliente era ter um documento brasileiro para usar no “SUS”, “enganar a Justiça brasileira” ou “autoridades policiais”, mas sim se proteger caso estivesse sendo perseguido no Paraguai.

Entre as alegações, está ainda a de que o cliente sempre colaborou com a investigação até a audiência de custódia e não oferece risco a ordem pública ou ao andamento das investigações, caso seja solto. A advogada defende que Benitez só ocultou a sua verdadeira identidade “em um ato de desespero”, por medo de ir para a prisão já que nunca havia sido detido.

O pedido foi ingressado na Vara Criminal de Ponta Porã na última quinta-feira (6) e a defesa ainda aguarda a decisão judicial.

O caso - No último dia 19 de janeiro, policias flagraram Salinas na rua, armado com pistola calibre 380, discutindo com Fábio Lopez Vilhalva, 23 anos, este, com pistola calibre 9 mm. Além deles, também foi preso o seu cunhado, Rodrigo Antunes Flores, que dirigia a Toyota SW4 e, segundo os policiais, em visível estado de embriaguez.

Na delegacia, Edson e o cunhado disseram que o motorista do Gol emparelhou com a SW4, apontou uma arma para eles e fugiu. Após perseguição, a briga evoluiu para ameaças, mas foi interrompida pela polícia. Fábio alegou que começou a ser seguido depois de forçar ultrapassagem.

No carro com ele estavam a mulher, a cunhada e dois filhos de, 3 e 2 anos. Pouco antes de a polícia chegar, a família diz que ameaçada por Edson. Testemunhas relataram que Salinas gritava que “eles não sabiam com quem estavam mexendo” e chegou a mostrar uma foto no próprio celular para provar ter matado gente importante. Rodrigo foi indiciado por ameaça, porte ou posse ilegal de arma e condução de veículo sob efeito de álcool. Ele foi liberado após pagar fiança de R$ 40 mil. Edson e Fábio por ameaça e porte de arma ilegal.

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