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Interior

Delegado diz que pena possível para mecânico que matou 6 é de 180 anos

Caroline Maldonado | 18/06/2014 16:16
Perito disse que Edson não demonstrou arrependimento durante a reconstituição do crime (Foto: Marciel Arruda/Dourados Agora)
Perito disse que Edson não demonstrou arrependimento durante a reconstituição do crime (Foto: Marciel Arruda/Dourados Agora)

O mecânico Edson da Silva, 34 anos, que confessou ter provocado o incêndio que matou toda a família em Coronel Sapucaia, será indiciado por seis homicídios qualificados com uso de fogo, o que, considerando a pena máxima, prevê 180 anos de cadeia, 30 anos por vítima.

O delegado responsável pelo caso, Leandro Costa de Lacerda Azevedo, disse hoje (18), em entrevista à imprensa, que pretende concluir o inquérito em 15 dias. Edson confessou o crime após ser preso pela Polícia Civil, na terça-feira (10), em Naviraí, a 184 quilômetros de Coronel Sapucaia.

De acordo com o delegado Leandro, as marcas de trauma no crânio das vítimas e os locais onde o fogo começou foram os principais indícios de que houve crime e não um incêndio acidental. A perícia mostrou que o fogo começou nas portas, onde Edson colocou gasolina, retirada da própria motocicleta.

Depois de golpear com pauladas na cabeça a esposa, a sogra, o cunhado, os dois filhos e o enteado, Edson saiu de casa e disse a uma vizinha que iria trabalhar. Além disso, pediu a mulher que ligasse para a padaria e fizesse encomenda de pães, como a sogra Rosângela dos Santos, 53 anos, fazia todos os dias.

Ele disse que a própria Rosângela estava pedindo que a mulher fizesse esse favor. Desse modo, todos pensariam, que nesse momento tudo estaria ocorrendo normalmente na casa da família, onde também funcionava uma conveniência.

Além de Rosângela, morreram os dois filhos dela, Alessandro dos Santos, 18 anos, e Vanusa dos Santos, 27 anos, que era esposa de Edson. Também morreram os filhos de Vanusa: Tiago, 10 anos, Sabrina, 5 anos, e Estephanie, 9 meses. Os dois menores eram filhos do mecânico.

Reconstituição - Depois de confessar o crime, Edson mostrou como agiu na manhã do dia 2 de maio, em reconstituição conduzida por policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) e da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), de Dourados. De acordo com o perito criminal, Amilcar da Serra e Silva Netto, Edson não demonstrou arrependimento durante as reconstituição.

De acordo com a Polícia, por volta das 2h da manhã Edson deu uma paulada na cabeça de Vanusa após discussão por motivo de ciúmes. A sogra, Rosângela e o cunhado Alejandro, acordaram com a confusão e foram até o quarto do casal ver o que havia acontecido. Nesse momento, eles também foram golpeados pelo mecânico e os três permaneceram desmaiados.

Em seguida, Edson arrastou a sogra e o cunhado para um dos quartos, foi até o cômodo onde estavam as crianças e golpeou o menino de 10 anos e depois os outros dois filhos do casal. Ele então colocou a mulher e as crianças no banheiro e ficou dando voltas pela casa, quando ouviu a criança mais velha dizer “tio não me mate”.

Edson voltou ao banheiro e deu mais uma paulada na cabeça das duas crianças mais velhas. Em seguida, ele foi até o quintal tirou a gasolina da moto dele e despejou nos cômodos e nas paredes onde estavam os corpos. (Colaborou Bruno Martins, do jornal A Gazeta News)

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