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Interior

Dionizio é alvo de protesto contra reformas e chama sindicatos de “pelegos”

Deputado tucano conversou com manifestantes, que entraram no plenário da Câmara de Dourados; ele chamou movimento de "pelegagem"

Helio de Freitas, de Dourados | 15/05/2017 13:29
Elizeu Dionizio (à esquerda) conversa com manifestantes contrários à reforma da Previdência (Foto: Direto das Ruas)
Elizeu Dionizio (à esquerda) conversa com manifestantes contrários à reforma da Previdência (Foto: Direto das Ruas)

O deputado federal sul-mato-grossense Elizeu Dionizio (PSDB) foi recebido com protesto na manhã de hoje (15) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Manifestantes contrários à reforma da Previdência entraram no plenário da Câmara de Vereadores e cercaram o parlamentar perto da escada de acesso ao piso dos gabinetes.

Dionizio, que já tinha enfrentado protesto semelhante no Aeroporto Internacional de Campo Grande, em março, conversou com os manifestantes, a maioria ligada ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação e ao Comitê de Defesa Popular.

Enquanto o grupo conversava com o deputado, outros manifestantes chegaram a bloquear o portão de acesso ao estacionamento, usando faixas e cartazes. Uma faixa contra a reforma da Previdência e trabalhista também foi colocada em frente ao plenário da Casa.

Elizeu Dionizio veio a Dourados para participar do 1º Seminário “Depressão! Um grito no silêncio”, que aconteceu na Câmara. Ele também se reuniu com a presidente do Legislativo, Daniela Hall (PSD), e outros vereadores da cidade.

“Ele [deputado] não fez nenhum compromisso com o movimento, disse que tem seu ponto de vista, mas declarou ser contra a retirada de direitos dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Comitê, Ronaldo Ferreira. No dia 26 de abril, o tucano votou a favor da reforma trabalhista, assim com outros quatro deputados federais sul-mato-grossenses.

Segundo Ronaldo, os representantes do movimento deixaram claro que não aceitam as reformas e Elizeu Dionizio rebateu afirmando que a posição das entidades contra a reforma se deve à mudança na contribuição sindical. “Temos posição contrária não por isso, mas por questões que vão interferir na vida do trabalhador”, disse o sindicalista.

Pelegos – Ao Campo Grande News, o deputado disse que os manifestantes tentaram desestabilizar seu discurso espalhando faixas no plenário. “Quando acabou minha fala, conversei com eles durante 20 minutos. Por nenhum momento eles apontaram uma discussão produtiva, não mostraram qual projeto, qual artigo é prejudicial ao trabalhador”.

Elizeu Dionizio disse que o protesto foi contra o governo Michel Temer e parlamentares denunciados por corrupção, dos quais questionam a legitimidade do voto, tanto na Câmara quanto no Senado.

“Eles me chamaram de golpista e eu chamei de ‘pelego’ os sindicatos que não têm argumento para discutir o direito dos trabalhadores e só querem discutir o dinheiro dos sindicatos que estão perdendo. Aí eles se ofenderam. Não pode tocar nesse assunto. É aí que está o x da questão com esse povo que está indo para a rua”, afirmou Dionizio.

O deputado disse que o trabalhador está muito feliz porque acabou a “farra da pelegada, que tinha esse dinheiro anual para fazer bagunça”, se referindo ao fim da cobrança obrigatória da contribuição sindical. “Eles não estão discutindo a reforma do ponto de vista do trabalhador, mas sim do ponto de vista do imposto sindical”, declarou.

 

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