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Interior

Drenagem passa no teste e evita que bairro fique embaixo d´água

Ricardo Campos Jr. | 09/12/2016 16:09
Rua que antigamente não tinha asfalto e ficava tomada pela água permaneceu intacta após a chuva (Foto: Paulo Duarte / Facebook)
Rua que antigamente não tinha asfalto e ficava tomada pela água permaneceu intacta após a chuva (Foto: Paulo Duarte / Facebook)
Região do Cravo Vermelho fica na parte alta de Corumbá e é habitada por população carente (Foto: Paulo Duarte / facebook)
Região do Cravo Vermelho fica na parte alta de Corumbá e é habitada por população carente (Foto: Paulo Duarte / facebook)

Obras de drenagem entregues em 2015 em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, garantiram que a região do Cravo Vermelho não ficasse embaixo d'água durante temporal que atingiu a cidade durante a noite de quinta-feira (9). Antigamente, eram recorrentes os problemas de alagamentos na região.

Conforme o prefeito Paulo Duarte (PDT), as intervenções foram emblemáticas por se tratar de uma área na parte alta da Cidade Branca, com uma população carente. “Era uma situação muito complexa que precisava ser feita em um solo rochoso”, lembra o gestor.

Segundo ele, foram gastos R$ 2 milhões em recursos próprios do município para o escoamento e mais R$ 1 milhão em recursos federais garantidos pelo ex-senador Delcídio do Amaral em 2014. Os trabalhos duraram um ano e meio.

O prefeito passou pelo local nesta sexta-feira (9) e postou uma foto no Facebook da região intacta. Vários cidadãos corumbaenses comentaram e chegaram a publicar imagens antigas quando a água tomava conta das vias, transformando o Cravo Vermelho em um verdadeiro rio.

“Choveu muito essa noite. Você tem muitas ruas de asfalto antigo em Corumbá que foram destruídas ao longo do tempo justamente pela falta de drenagem. Por isso essa obra foi emblemática”, conclui o gestor público.

A empresária Cleonice Mecias, 50 anos, mora na região há 30 anos e conviveu durante muito tempo com o problema. “Era muita lama. Eu era presidente do bairro e assisti de perto a dificuldade dos moradores. Hoje eles se sentem na glória. Uma chuvinha que dava era uma lamaceira, ninguém ia e ninguém vinha. Havia na região funcionários de um hospital que trabalham de madrugada e era uma tristeza, fora que enchia as casas de água”, lembra.

Foram mais de vinte anos lutando por melhorias na região. “Antigamente o local era de mata virgem que o pessoal foi devastando e construindo casas e ruas. Tem um olho d'água que passa pelo meio do bairro que descia e alagava tudo”, conta a moradora.

Erisvaldo tem amigos no Cravo Vermelho e já os visitou em dias de chuva antes das obras de drenagem (Foto: Erisvaldo Batista Ajala / arquivo pessoal)
Erisvaldo tem amigos no Cravo Vermelho e já os visitou em dias de chuva antes das obras de drenagem (Foto: Erisvaldo Batista Ajala / arquivo pessoal)

Hoje a situação no local melhorou, garante Cleonice. As ruas já não enchem mais de água e as casas ficam intactas, ninguém mais perde móveis ou pertences com as inundações.

O professor Erisvaldo Batista também conhece de perto o problema da região. Embora não more no Cravo Vermelho, tem vários amigos que vivem na região.

"As pessoas ficavam ilhadas em suas próprias casas, tendo que drenar para diminuir a água que invadia os imóveis. Muitos perdiam seus móveis ou roupas pelo alagamento", lembra.

Cravo Vermelho alagado em dia de chuva antes das obras de drenagem (Foto: Erisvaldo Batista Ajala / arquivo pessoal)
Cravo Vermelho alagado em dia de chuva antes das obras de drenagem (Foto: Erisvaldo Batista Ajala / arquivo pessoal)
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